Divulgamos a carta do Centro Acadêmico da Faculdade de Educação da USP (CAPPF), com um chamado aos estudantes e entidades estudantis da universidade, para organizar a luta ao lado dos trabalhadores nesse 28 de abril.
terça-feira 25 de abril de 2017 | Edição do dia
Organizar nossa luta ao lado dos trabalhadores, para derrubar Temer e suas reformas
Estamos caminhando para que o próximo dia 28 de abril seja um dia histórico em nosso país. Pela primeira vez em muitas décadas, a classe trabalhadora, apesar do corpo mole de suas direções (burocracias sindicais e estudantis), pode protagonizar uma grande paralisação nacional contra as reformas do governo golpista de Temer.
O clima de luta está em todo lugar, seja nas conversas no transporte público, nas salas de aula, ou no chão de fábrica. Até a grande mídia teve que divulgar que os trabalhadores de diversas categorias estão preparando uma importantíssima ação para a próxima sexta-feira.
Frente a esse cenário, nós do Centro Acadêmico Professor Paulo Freire, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, queremos fazer um chamado a todos os estudantes e jovens para nos colocarmos ao lado dos trabalhadores nesse dia histórico. Na USP desde a primeira hora do dia, estaremos nas ruas, juntamente com diversos trabalhadores e jovens da região Oeste, travando importantes vias pra deixar bem claro, a Temer e todos os políticos corruptos, que não aceitaremos que a crise capitalista seja descontada sobre nossas costas.
Fazemos um chamado a todos os centros acadêmicos e ao DCE da USP para que possamos preparar uma greve geral que possa derrubar Temer e suas reformas. Organizando desde as bases comitês amplos e batalhando pela construção de um encontro nacional de delegados eleitos, onde representantes de diversas categorias possam se unir pra debater um plano de lutas efetivo para que o dia 28 seja multiplicado e não apenas um dia isolado. Só assim seremos capazes de barrar a reforma da previdência, a reforma trabalhista, a terceirização irrestrita e derrotar Temer. Avançando também para, por meio de nossa mobilização, construir uma alternativa dos trabalhadores e da juventude, independente da Lava Jato e do projeto de conciliação de classes de Lula 2018.
Nesse dia 28 de abril estaremos nas ruas junto aos trabalhadores de todo o país lutando para que sejam os capitalistas aqueles que paguem pela crise que eles mesmos criaram.
