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VALE | Vale Assassina: Barragem desativada tem risco de ruptura em Mariana

Barragem da Vale chamada Xingu, na mina Alegria, em Mariana (MG), corre "grave e iminente risco de ruptura por liquefação", afirmou nesta quarta-feira a Superintendência Regional do Trabalho de Minas Gerais, responsável por interditar atividades da empresa no local.

quinta-feira 10 de junho de 2021 | Edição do dia

Foto: Ricardo Moraes/Reuters

A barragem, interditada desde março de 2020 pela Agência Nacional de Mineração (ANM), não recebe rejeitos de minério de ferro há mais de 20 anos, mas alguns trabalhadores ainda executam atividades no local, o que motivou a ação dos fiscais trabalhistas. Segundo a Superintendência, o rompimento da barragem causaria o soterramento de trabalhadores e a interdição de circulação de trens na região.

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Na nota desta quarta-feira, a superintendência pontuou que a medida ocorreu após ação fiscal, com pedidos de documentos em 27 de abril e inspeção presencial em 20 de maio. Para suspender a interdição, a empresa deverá adotar diversas medidas técnicas. A Vale alegou que não havia "risco iminente de ruptura" da estrutura, paralisada desde 1998, e chegou a solicitar, em 27 de maio, uma suspensão parcial da interdição, que foi negada.

A superintendência disse ainda que técnicos e engenheiros responsáveis pela barragem relataram que o rejeito lançado em Xingu não era drenado e era lançado de forma errática na estrutura. A Agência Nacional de Mineração reiterou que a barragem entrou em nível 2 de emergência em setembro do ano passado, quando a autarquia vistoriou a estrutura e fez exigências. "A Vale cumpriu algumas e pediu prorrogação de prazo em outras. Desde então, não houve mudanças na estrutura", afirmou.

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