Dia 19 está marcada uma plenária do quadro administrativo de Contagem e Funec. Nesse sentido, como forma de organização da luta, trabalhadores do administrativo da Escola Municipal Albertina Alves do Nascimento escreveram uma carta aberta ao Sind-UTE Contagem em defesa da unidade dos trabalhadores e contra o sucateamento da educação e a desvalorização salarial.
quinta-feira 18 de abril | Edição do dia
Em março, professores e administrativos paralisaram suas atividades em greve contra a falta de reajuste salarial, fechamento de turmas e pelo preenchimento das vagas ociosas de professores que o governo de Marília Campos/Ricardo Faria (PT/MDB) se negou a garantir. E agora, dia 19 de abril, está marcada uma plenária do quadro administrativo de Contagem e Funec. Como forma de organização da luta, trabalhadores do administrativo da Escola Municipal Albertina Alves do Nascimento escreveram uma carta aberta ao Sind-UTE Contagem em defesa da unidade dos trabalhadores e contra o sucateamento da educação e a desvalorização salarial.
Leia ela a seguir:
Carta aberta do quadro administrativo do Escola Municipal Albertina Alves do Nascimento ao Sind-UTE Contagem:
Saímos de uma greve dos trabalhadores da rede Municipal e FUNEC de 9 dias, contra a intransigência do Governo Marilia Campos do PT e de Ricardo faria do MDB em negociar com a educação. Tivemos nessa greve uma forte adesão do quadro administrativo, tanto em nossa escola, como em várias escolas da rede municipal de contagem. Isso mostra a força que o quadro administrativo tem para lutar pelos seus direitos.
É nesse sentido que queremos apresentar ao nosso sindicato uma carta aberta com nossas reivindicações, pois a partir disso queremos ajudar a contribuir para que nossa luta seja vitoriosa e que possamos conquistar todas as nossas demandas.
São nossas reivindicações:
1- Por um salário que valorize a categoria: O Governo Marilia Campos (PT) e Ricardo Faria (MDB) com o aumento de 4,62% realizam a manutenção da desvalorização do servidor administrativo escolar. Nossos salários são baixos, muitos de nós, após os descontos recebemos menos de um salário mínimo. Isso reflete a desvalorização do quadro administração dentro da educação. É preciso continuar a lutar por um salário que seja justo ao nosso trabalho e aos desafios do cotidiano.
2 - Pelo auxílio Gasolina: Contagem hoje tem um transporte público que não é de qualidade. Precisamos defender o transporte público que seja de qualidade. Mas aqueles que optam por ir para o trabalho de carro próprio não possuem nenhum tipo de auxílio, é preciso retirar uma parte do valor dos seus próprios salários, que são baixos, para custear esse transporte.
3- Por um plano de saúde eficiente e próprio da Prefeitura: O trabalho na educação é um desafio, e muitas das vezes, pode ser adoecedor. Por isso é preciso que a prefeitura forneça aos seus servidores um plano de saúde, que seja efetivo aos profissionais da educação.
4- Pela defesa dos 25 dias úteis de férias para os auxiliares de Biblioteca: As férias é um direito de todo trabalhador, e devemos exigir que se cumpra o edital, permanecendo os 25 dias úteis de gozo de férias sem a imposição de um mês para gozo pela SEDUC.
5- Por formação e cursos de capacitação continuados aos secretários escolares.
6- Pelo fim da terceirização e da precarização dos trabalho. É preciso nós colocarmos em linha frente pela luta contra a terceirização e precarização do trabalho. Defendo a efetivação dos terceirizados sem a necessidade de concurso público, pois os mesmos já exercem suas funções.
7- Pela independência de classe dos Governos e dos Patrões: durante todo o processo de greve o sindicato buscou a todos custo vender a ideia de que nossa força está na confiança e na pressão do governo que demostrou que possui um lado.
Nossa batalha pela independência de classe é pela força da unidade dos trabalhadores em aliança com as demandas populares, como da juventude, das mulheres, dos LGBTQIAPN+ e povos originários sem aliança com os governos e patrões.
8- Pela revogação imediata do arcabouço Fiscal de Lula-Alckmin: Para conquistar nossas demandas é preciso exigir a revogação imediata do arcabouço fiscal, que é a continuidade do teto de gastos que limita os investimentos em saúde e educação. Um verdadeiro ataque aos trabalhadores.
Também deixamos aqui o nosso apoio a luta dos professores das faculdades federais e técnicos administrativos federais e aos professores do Ceará mostrando a nossa unidade.
