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IÊMEN CONFLITO | Presidente deixa Iêmen e não pretende voltar

Sharm el-Sheikh (Egito), 28 mar (informações de EFE) - O presidente do Iêmen, Abdo Rabbo Mansour Hadi, deixou o país neste sábado em direção à Arábia Saudita. Foi acompanhado, no mesmo avião pelo rei saudita, Salman bin Abdul Aziz al Saud. Em declarações afirmou não ter intenção de retornar ao território iemenita.

domingo 29 de março de 2015 | 00:03

Sharm el-Sheikh (Egito), 28 mar (informações de EFE) - O presidente do Iêmen, Abdo Rabbo Mansour Hadi, deixou o país neste sábado em direção à Arábia Saudita. Foi acompanhado, no mesmo avião pelo rei saudita, Salman bin Abdul Aziz al Saud.

Em declarações afirmou não ter intenção de retornar ao território iemenita.

Fontes próximas ao presidente declararam que Hadi deixou a cúpula da Liga Árabe em Sharm el-Sheikh para "acompanhar o desenvolvimento da situação local".

Segundo as fontes, o ex-presidente do Iêmen Ali Abdullah Saleh teria ido ao sul do país, que era reduto de Hadi. No entanto, o porta-voz do ex-presidente, Ahmed al Sufi, disse que Saleh continua em Sana e que embora "queira viajar ao sul como qualquer cidadão iemenita", não pode devido aos bombardeios; esses elementos tornam a situação mais tensa numa região que já enfrenta grandes conflitos.

Saleh, que é acusado de apoiar os rebeldes houthis, pediu na noite de ontem a declaração de um cessar-fogo no Iêmen, a cessação dos bombardeios e o retorno ao diálogo, sua declaração, no entanto, deve surtir poucos efeitos nessa conjuntura de acirramento das hostilidades.

Em seu discurso na cúpula, Hadi pediu à operação militar árabe liderada pela Arábia Saudita continue em seu país até que os rebeldes houthis "se rendam".

O líder disse que a ofensiva da coalizão deve prosseguir até que os houthis "saiam das províncias e instituições que ocuparam e devolvam as armas, médias e pesadas, que saquearam dos quartéis militares".

Hadi também afirmou que os rebeldes xiitas "conspiram com o Irã contra a unidade do Iêmen" e provocam "discórdias sectárias e regionais".

A Arábia Saudita lidera uma coalizão árabe, integrada por Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Bahrein e Egito, entre outros, que começou a bombardear posições dos houthis no Iêmen na quinta-feira, em resposta a um pedido do presidente iemenita.

Os conflitos no Iêmen ocorrem em uma região estratégica. Após a Primavera Árabe, o desenvolvimento das contradições no Oriente Médio de conjunto ganharam ainda mais importância estratégica, também pela repercussão para trabalhadores em todo o mundo que se tornaram os processos revolucionários na região.




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