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CONTAGEM | Prefeitura de Marília Campos (PT) faz coro com a extrema direita contra a educação.

Prefeitura de Contagem, de Marília Campos (PT) e Ricardo Faria (MDB), publica nota pela secretaria Municipal de Educação em coro com os ataques da extrema direita contra os LGBTS e a educação.

terça-feira 19 de março | Edição do dia

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No dia 08 de março, o dia internacional da luta das mulheres, ocorreu na cidade de Contagem, em Minas Gerais, na Escola Municipal Geraldo Basílio, uma apresentação, onde uma mulher trans recitava a música "triste, louca ou má" de Francisco, "el hombre". Música que expressa profundamente, o sentido das lutas das mulheres, contra o machismo, contra o patriarcado. Mulheres essas, que foram as ruas de varias cidades no Brasil em 2024 lutando pela legalização do aborto, denunciando a demagogia da frente ampla de Lula-Alckin com a lei da igualdade salarial que foi criada o ano passado, mas que sabemos que na realidade essa desigualdade salarial aumenta a cada dia, pois a frente ampla governa apenas para os patrões.

A extrema direita, da forma mais odiosa, demonstra em suas redes sociais, a sua transfobia e o seu machismo, mascarados por "uma defesa das crianças dentro da escola" mostrando sua face mais reacionária visando atacar os debates de gênero e sexualidade nas escolas com sua falácia da "ideologia de gênero". Demonstrando que a Educação sempre é um ataque que a extrema direita irá fazer em todos os seus níveis.

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Nos anos do governo Bolsonaro vimos intensificar os ataques às mulheres e o LGBTs, mas dentro do governo de frente ampla do Lula-alckim presenciamos uma continuidade importante desses ataques com o RG Transfóbico que exige o nome morto das pessoas trans e a declaração de seu sexo biológico. Em Contagem, também vemos a prefeitura de Marília Campos do PT, fazer coro com a extrema direita, defendendo em uma nota pública que: "a apresentação feita no dia 08 de março, em face do dia internacional da mulher, não reflete o espírito geral da diversidade pregado pela secretaria municipal de educação ao ofender uma parcela da comunidade escolar e da sociedade".

Uma declaração absurda, que é conivente e reproduz o mesmo posicionamento reacionário da extrema direita. Nos governos do PT as pautas democráticas sempre estiveram como moeda de troca para uma conciliação de classe. Não percebem, justamente, que é a conciliação de classe que abre espaço para a extrema direita, inimigos da diversidade e da educação. Se unem à extrema direita e realizam ataques, como o RG transfóbico e também com a essa nota que é vergonha pública por uma prefeitura que é do partido da Frente ampla, são ataques como esse que demonstram que a extrema direita asquerosa, LGBTfóbica, machista e racista não será derrotada pela frente ampla, pelo contrário é fortalecida por ela.

Um exemplo disso, é que em meio a greve dos trabalhadores da educação e esse ataque da extrema direita, vemos um partido como o PSOL sentar junto a Marília Campos para realizar debates de composição do projeto de cidade na qual os trabalhadores e toda a juventude que luta pelos direitos LGBTs na prática tem seus direitos abandonados.

No caminho contrário da conciliação, estão os trabalhadores da educação, professores e administrativos que estão em greve pelo reajuste salarial em contagem e demonstram o caminho para que a extrema direita seja derrotada: tomar a luta em nossa mãos. É preciso construir a greve desde as bases, lutando pelo reajuste salarial mas também contra todas as precarizações nas escolas, de forma independente dos governos e dos patrões e colocando a defesa da população LGBT.

Batalhamos para que a Conlutas tome a frente de cada luta democrática nas escolas, estaduais e municipais, somando as ações dos professores do SindRede que recentemente organizaram ações contra o racismo a trabalhadoras da educação.

Que o Sind-Ute Contagem, a CUT e a CTB, organizem uma luta desde as bases contra esse ataque aos LGBTs dentro da educação. É urgente que as centrais sindicais rompam com a aceitação de termos nossos direitos democráticos rifados pela frente ampla Lula Alckmin e pelo governo de Marília Campos (PT) e Ricardo Faria (MDB) e unifiquem as lutas pelo piso salarial e reajuste a defesa das mulheres, LGBT, negros, negras e indigenas.

Tomemos a luta em nossas mãos, confiando na força da classe trabalhadora em luta, com total independência dos governos e dos patrões, ao lado dos movimentos sociais. Esse é o caminho para a vitória da classe trabalhadora.




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