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AGRESSÃO | Pedro Paulo, candidato de Paes a sua sucessão agrediu sua ex-esposa

quinta-feira 22 de outubro de 2015 | 23:37

Terça-feira veio à tona o caso de agressão de Pedro Paulo, secretário executivo da prefeitura do Rio de Janeiro. Segundo a acusação, acompanhada de laudo pericial de corpo delito, o poderoso político, indicado como sucessor de Paes (PMDB) teria não só agredido sua esposa como teria contado com uma incrível conivência das forças policiais e judiciais para que seu caso nunca tenha virado um inquérito, mesmo com o caso tendo sido registrado na Delegacia da Mulher.

O caso ocorreu em 2010 e até o momento não houve nenhuma investigação. Mesmo com o corpo delito realizado. Mesmo com o registro. Uma política deliberada de ocultar a agressão deste influente político.

Esta denúncia ganhou repercussão depois que o deputado estadual do PSOL, Flávio Serafini fez esta denúncia na ALERJ. Em seguida uma “tropa de choque” governista tomou o púlpito para defender o político e agressor. A defesa escancara o conservadorismo da casta política do país, e em particular do Rio de Janeiro, famoso negativamente por políticos como Eduardo Cunha (também do PMDB como Paes e o agressor Pedro Paulo). Tiago Mohamed, também do PMDB, argumentou que o tema não devia ser debatido pois, segundo sua lógica opressora seria “lamentável ver questões de foro íntimo serem trazidas ao debate político...uma questão da vida privada do deputado.”

Para este deputado a agressão das mulheres seria algo de foro íntimo. Seguindo a velha máxima funcional a continuidade da agressão as mulheres que diz “em briga de marido e mulher não se mete a colher.”

Com estas denúncias percorrendo as redes sociais o PMDB está reconsiderando se deve lançar ou não Pedro Paulo como candidato a prefeito. Esta notícia ganhou capa de jornais hoje. Com a possível desistência de Pedro Paulo, afetando o PMDB e seu aliado o PT, Marcelo Freixo pode se beneficiar, bem como o ex-petista Alessandro Molon, agora na Rede de Marina Silva.

Este é o segundo político do entorno de Paes que estava cotado para sucessão que é atingido por alguma grave denúncia. Primeiro Rodrigo Bethlem foi acusado de corrupção e de receber propinas mensais de empresários concessionários das empresas de ônibus. Agora, Pedro Paulo, que já contava com o apoio do PMDB e do PT é atingido pela impunidade que contou sua agressão a sua ex-esposa.

A impunidade, falta de inquérito e julgamento, a escandaloso defesa pelos seus correligionários do PMDB mostra como a prefeitura do Rio de Janeiro nas mãos dos partidos da casta política ligada aos empresários, à corrupção, aos privilégios, só pode servir para encobertar não só a corrupção mas também a violência contra as mulheres. Enquanto não faltam recursos para “auxílios paletós”, para obras faraônicas para as Olímpiadas, cresce a violência contra as mulheres e não se aplicam recursos necessários para disseminar programas educacionais, financiar casas de abrigo e diversas políticas contra a violência às mulheres.




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