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ELEIÇÕES DA APEOESP | Oposição tem bom resultado na Apeoesp norte apesar das fraudes da Chapa 1

terça-feira 30 de maio de 2017 | Edição do dia

As eleições sindicais da Apeoesp aconteceram no último dia 25, apesar da grande luta que a chapa da oposição e os professores da base deram para que fossem adiadas e os professores pudessem participar da ocupação de Brasília no dia 24 contra as reformas e o governo golpista de Temer.

O resultado estadual mostrou que apesar das fraudes, já tradicionais entre os métodos da Chapa 1 composta por PT e PCdoB, a Oposição Unificada se fortaleceu, ganhando amplamente na capital do estado e na Grande São Paulo. Já no interior subsedes históricas da burocracia sindical passaram para as mãos dos professores e da oposição, como é o caso de Indaiatuba, Mauá, Poá, Bauru, Atibaia e Taubaté, mas ainda assim prevaleceu o peso da Chapa 1 e o "milagre da multiplicação dos votos" nas urnas de várias cidades que a atual direção ganhou.

Na subsede norte a Chapa de Oposição garantiu um ótimo resultado, enfrentando as fraudes e manipulações do pleito, além do estatuto antidemocrático que não permite os professores colocarem fiscais e mesários em todas as urnas. Mantiveram os 4 conselheiros estaduais da oposição na subsede (Paulo Gabeira, Simone Mariana, Paula Litcha e Vinicius Diello) e elegeram 13 regionais. A chapa de oposição era composta majoritariamente por membros da agrupação Professores Pela Base, independentes e professores da corrente XV de Outubro e Nosso Norte é na Luta.

Dirigida por Nilcea Fleury, um dos pontos de apoio mais forte de Bebel, na zona norte a atuação da Chapa 1 não foi diferente da estadual. Bate-paus foram contratados, urnas sumiram, votos saiam aos montes para a chapa 1 e em escolas que professores declaram anteriormente apoio a oposição os votos sumiam, com claro indicio de manipulação.

Até mesmo um recorrente pneu furado de um conselheiro da Chapa 1 impediu que a urna chegasse na escola de destino. Assim como aconteceu misteriosamente com o mesmo carro do mesmo conselheiro há 3 anos atrás, também no dia da eleição sindical. Neste caso o pneu já deve ter sido reparado, já os métodos fraudulentos devem permanecer os mesmo, até os professores varrerem este tipo de coisa do seu sindicato.

Essa forma ardilosa de garantir cargos e o aparato sindical é frontalmente contrária aos métodos dos professores de base, que rechaçam há anos esta direção e mostraram sua vontade de eliminar esses, que usurpam o sindicato ao seu bel-prazer. Como é o exemplo dos professores da escola João Baptista, onde filiados e professores que se sindicalizaram na hora, para fazer suas vozes serem ouvidas nessa eleição, votaram em peso nos candidatos da oposição e na Chapa 3 Oposição Unificada. Esta mesma escola que já tinha deixado um claro recado a direção traidora do sindicato de que ali não são bem vindos.

Marcella Campos, professora da escola João Baptista e candidata do Professores pela Base eleita regionalmente, comenta:

"Este ótimo resultado para nós do Professores pela Base e também os demais professores que formaram a chapa ou que de alguma forma atuaram e apoiaram a oposição nessa eleição, é mais um grande passo que damos para fortalecer um trabalho e uma luta que vem sendo travada na região contra as Reformas do governo golpista, os desmandos de Alckmin contra a nossa educação e contra a própria burocracia sindical, que há anos está encastelada no sindicato. Nossos conselheiros eleitos devem estar a serviço da luta dos professores. É com essa ideia que vamos voltar com tudo para as escolas para discutir e chamar os professores para esses 3 anos de mandato e para fortalecer a luta contra as reformas."

(Professora Marcella Campos em ato realizado pela escola João Baptista)




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