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Paralisação nacional contundente | O Sindicalismo combativo propõe a continuidade da paralisação e das mobilizações quando a Lei de Bases for discutida no Senado

Numa conferência de imprensa, representantes de diferentes setores combativos propuseram a continuação das medidas de luta. Estavam acompanhados por representantes da Frente de Esquerda e de outras forças, entre eles o deputado nacional Alejandro Vilca (PTS-FITU)

quinta-feira 9 de maio | Edição do dia

Na manhã desta quinta-feira, em frente ao Congresso Nacional, setores do sindicalismo combativo, organizações sociais e assembleias de bairros realizaram uma coletiva de imprensa para apresentar os passos a seguir.

Estiveram presentes organizações do movimento operário como o Sutna, Unión Ferroviaria Seccional Haedo, a gráfica recuperada MadyGraf, a Comissão Interna e trabalhadores da GPS, AGD-UBA, Ademys, Polo Obrero, MTR-12 de Abril, entre outros. Todos os organizadores alegaram a contundência da paralisação e a necessidade de impor uma nova paralisação com mobilização quando a lei for votada no Senado.

Tanto Alejandro Crespo, secretário geral do Sutna, quanto Rubén “Pollo” Sobrero (UF Haedo) concordaram com a importância dessa demonstração de força dos trabalhadores e fizeram um chamado pela sua continuação com uma paralisação de 36 horas. Durante as falas, também estava presente a exigência à CGT (a maior central sindical da Argentina) para que essa organização dê continuidade com as medidas de luta.

Crespo sustentou que “com esta paralisação nacional, começamos a responder à altura do ataque que o povo trabalhador está recebendo”. Por sua vez, Sobrero sustentou que o que aconteceu hoje “é um primeiro passo no plano de luta” e que “No dia em que discutirem a Lei Omnibus no Senado, estaremos aqui na porta e chamamos a todos os trabalhadores para se juntarem a nós.”

Ileana Celotto, da AGD-UBA , destacou que o conflito nas universidades continua: “A partir de segunda-feira vamos tomar medidas mais fortes em todas as universidades nacionais e na semana do dia 20, construiremos uma greve universitária nacional”. Por sua vez, Mariana Scayola (Ademys) sustentou que “estamos no contexto de uma enorme greve contra este governo que está matando de fome os trabalhadores, trabalhadoras e os aposentados e aposentadas”. Eduardo Beliboni, dirigente do Polo Obrero , disse “Somos parte do movimento piquetero que há dois dias voltou às ruas com um plano de luta. Viemos denunciando que há um ajuste fiscal contra quem tem menos por parte de toda a classe capitalista.”

Por sua vez, Luciano Corradi, delegado da Comissão Interna da GPS-Aerolíneas Argentinas, destacou que têm lutado contra as demissões no setor. Inclusive comentou que “hoje a greve no Aeroporto é total” e que “Esta é a segunda medida desta semana que tomamos contra as demissões e a tentativa de privatização da companhia aérea.”

Também estava presente, Vanina Mancuso, trabalhadora da gráfica MadyGraf e representante do Movimento de Agrupações Classistas (MAC-PTS), que afirmou que “essa força tem que se manifestar novamente quando a Lei de Bases for discutida no Senado” e que “Essa lei não pode ser aprovada pelo Senado, Devemos garantir uma nova paralisação e uma mobilização massiva nesse dia”.

Alejandro Vilca, deputado nacional do PTS-Frente de Izquierda pela província de Jujuy, esteve presente para acompanhar a conferência . Referiu-se à paralisação nacional convocada pela CGT: “A medida é contundente, faz-se sentir em todo o país. Patricia Bullrich inventa sua própria realidade. A paralisação é enorme porque cresce a revolta contra os ataques impulsionados pelo Governo, pelo FMI e pelas grandes empresas.” Neste contexto, sustentou que “é preciso ter cuidado. Uma armadilha está sendo preparada no Senado. Qualquer mudança que for votada poderá ser revertida se os deputados que já aprovaram essa lei desastrosa quiserem, quando a norma voltar aos Deputados. É por isso que a única solução possível é garantir que o projeto seja votado de forma contrária em sua totalidade e para isso é necessária uma greve e uma mobilização massiva.”




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