Reproduzimos declaração do Movimento Nossa Classe contra mais uma tentativa de avançar na privatização do metrô de SP onde mais uma vez avançam sobre os direitos dos trabalhadores metroviários.
sexta-feira 11 de janeiro de 2019 | Edição do dia
Não aceitar a 4x1x4x3 noturna!
Não trocar turno para trabalhar noite!
Não fazer hora extra!
Não colabore com o ataque do Metrô aos nossos direitos e conquistas! Em defesa da escala base e da jornada de 36h!
O Metrô está rasgando o acordo coletivo com a categoria.
Aceitar a 4x1x4x3 noturna não vai resolver a falta de equiparação salarial e muito menos a perda do adicional de bilheteria, pelo contrário: só irá piorar as condições de trabalho e prejudicar a própria saúde dos trabalhadores. O Metro ao tropelar o acordo coletivo neste ponto hoje abre um precedente para que a empresa avance sobre outros direitos conquistados com muita luta pela categoria.
A imposição desta escala pela via de acordos individuais tem como objetivo avançar na privatização do Metrô acabando com a escala de 36h no metrô e precarizando ainda mais o transporte para a população, como recentemente mostrou negligência da direção da empresa no acidente fatal da criança Luan Silva na estação Santa Cruz. Um episódio que deixou todos nós abalados, e que teria sido evitado se o governo investisse em segurança operacional nas plataformas e vias e realizasse a contratação de mais funcionários, ao invés de acabar com postos de trabalho através da terceirização e do PDV.
Além de mais precário a privatização deixa o transporte mais caro, e não a toa sofremos todos esses ataques em meio um aumento abusivo das tarifas para R$4,30, acima da própria inflação, com o objetivo de seguir gerando lucro para os grandes empresários e empreiteiras.
Por isso não podemos ceder nenhum terreno para que a nova direção da empresa empossada por Doria avance na sua política de privatização.
A crise política e econômica serão a agenda principal dos governos BolsoDoria, promovendo ajustes e retirando direitos dos trabalhadores. Essa é a exigência do mercado e pra isso se consolidou um golpe que levou a extrema direita no poder, com o objetivo de acelerar e aprofundar os ataques que o próprio PT vinha realizando.
É hora de defender os nossos direitos e conquistas, não vamos baixar a cabeça como fazem hoje as principais centrais sindicais a Bolsonaro. É necessário resistir e para isso o sindicato precisa ter um plano de luta que unifique a nossa mobilização contra a retirada de direitos e o aumento da tarifa, buscando criar uma aliança com a população para derrotar a privatização!
Compareça na Reunião do Movimento Nossa Classe antes da assembléia as 17h.
Todos a Assembleia dia 17/01 às 18h30!
Movimento Nossa Classe Metroviários