Atos a favor da Lava Jato, nesse domingo, atacam também o direito das mulheres abortarem. Após ano de luta das mulheres contra a violência, os estupros e o direito ao aborto, atos de direita em São Paulo e no Rio expressam seu perfil reacionário atacando as mulheres.
domingo 4 de dezembro de 2016 | Edição do dia
Nesse domingo em ato a favor da Lava Jato, o tema do aborto foi estampado em vários cartazes e faixas, setores reacionários contrario aos direitos das mulheres levavam frases “pela vida”e “as mulheres não tem direito de matar os bebês em seu útero”.
Enquanto a mídia fala que são atos “pacíficos” e sem partido, em tom oportunista para dialogar com o rechaço aos políticos tradicionais ao mesmo tempo que dividir os atos de direita pró Lava Jato, dos atos contrários a PEC55 entre os “pacíficos” e os “baderneiros”. Contudo na realidade são os atos contra a PEC55 que realmente vem defendendo o direito à saúde e educação, e a suposta “paz” dos atos da direita carrega um tom ideológico profundamente reacionário, defendendo a ditadura e atacando os direitos democráticos das mulheres.
Compostos pela mesma base social que apoiou o golpe “pela família, deus, suas propriedades até mesmo os militares”, os atos defendem as ideologias mais reacionárias, estavam do lado de políticos como Cunha, assim como Bolsonaro e outros que se incomodam com a possibilidade das mulheres terem direito ao próprio corpo.
Essa semana o STF aprovou a não criminalização do aborto até o terceiro mês de gestação, uma conquista para as mulheres, mas que não pode deixar qualquer esperança no judiciário. Carmen Lucia assumiu a presidência do STF falando sobre os direitos das mulheres, mas atacando os direitos trabalhistas além do apoio aos cortes. Seu "feminismo" é justamente para tentar dividir a luta das mulheres das lutas da juventude e dos trabalhadores.
É preciso tomar as ruas para garantir a completa descriminalização do aborto, lutar para que seja livre legal e gratuito para que mais nenhuma mulher morra por aborto ilegal. Veja o comentário de Valéria Muller colunista do Esquerda Diário neste ato:
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