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EXPLORAÇÃO DO TRABALHO | Justiça condena Banco Santander por submeter trabalhadores à péssimas condições de trabalho

Enquanto os banqueiros enriquecem cada vez mais impondo péssimas condições de trabalho aos bancários, o índice de adoecimento mental desses trabalhadores aumentam em enormes proporções. Na investigação que envolve o banco Santander foi constatado o alto índice de estresse que esses trabalhadores estão submetidos.

sexta-feira 13 de setembro de 2019 | Edição do dia

Recentemente a Justiça do Trabalho condenou o banco Santander a pagar uma indenização de duzentos e setenta e quatro milhões de reais por estabelecer metas inalcançáveis aos trabalhadores, além de provocar o adoecimento mental deles. A conduta do banco além de absolutamente grave e ilícita, é inaceitável! Ao exigir dos bancários tais objetivos, mostram que apenas se importam com que seus lucros sejam ampliados em grandes proporções e que os trabalhadores, numa conjuntura de precarização extrema, se tornem apenas peças frágeis e substituíveis, nesse mecanismo construído para deixar os banqueiros cada vez mais ricos. Nesse sentido fica claro que o estabelecimento dessas metas contribuíram para elevar o índice de adoecimento mental por conta das atividades ocupacionais desse setor de trabalhadores. Em outra ação trabalhista, o banco Santander foi condenado a pagar multa de um milhão de reais por episódios de assédio moral que teriam ocorrido dentro da instituição, expondo a realidade de que as práticas de assédio moral e discriminatórias efetuadas por gerentes bancários, atingem diretamente a saúde mental desses trabalhadores. Nos dois casos, a justiça determinou que a empresa deve adotar medidas para reparar os danos e evitar que este cenário se perpetue. Mas devemos nos atentar para o fato de que tudo isso está acontecendo no marco onde as receitas totais do banco somaram mais de trinta e um bilhões de reais e a carteira de crédito alcançou a cifra de quase trezentos e dezoito bilhões até o meio desse ano.

É importante lembrar que atualmente o Brasil sofre uma epidemia de ansiedade. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, o país tem o maior número de pessoas ansiosas do mundo, são dezoito milhões e seiscentos mil brasileiros, quase 10% população convivem com o transtorno. Vivemos em uma sociedade onde a lógica da competição e do individualismo causa transtornos psicológicos que estão diretamente ligados às condições de vida que o capitalismo nos oferece. Se estabelecermos uma conexão com os fatores sociais presentes na sociedade capitalista da atualidade como: recessão, violência, altos níveis de desemprego, cortes na Educação e Saúde, podemos perceber que a superexploração dos trabalhadores só favorece os grandes capitalistas, dentre eles os banqueiros, que tem seus lucros estratosféricos sempre garantidos, em detrimento de uma vida digna daqueles que vendem sua força de trabalho por salários cada vez menores.

Com o esforço do governo Bolsonaro para acelerar a implementação de seus ataques a classe trabalhadora as relações de trabalho e as condições de vida se tornam cada vez mais precárias. Vivemos em um país onde a tristeza está presente na grande maioria da população brasileira, o sofrimento mental no Brasil atinge números altíssimos, pois são reflexos da falta de perspectiva de vida, aliados a uma exploração elevada que se potencializa com a retirada de direitos básicos e com a agenda antipopular e antidemocrática imposta pela extrema direita que chegou ao poder no Brasil.




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