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CONFLITO NO JUDICIÁRIO | Gilmar Mendes defende impeachment de Marco Aurélio de Mello

Após a decisão de Marco Aurélio de Mello de afastar Renan Calheiros da presidência do Senado sem sequer consultar os demais ministros do STF, Gilmar Mendes disse nessa manhã que defende o impeachment ou a inimputabilidade de Marco Aurélio. A declaração coloca a público a disputa intensa dentro das alas do judiciário.

terça-feira 6 de dezembro de 2016 | Edição do dia

"No Nordeste se diz que não se corre atrás de doido porque não se sabe para onde ele vai."

Com essa frase Gilmar Mendes comentou sua sugestão de que o colega da toga seja removido de seu cargo. A controvérsia, que já era conhecida mas se manifestava apenas nos bastidores, agora é notória e pública diante da imprensa.

Na noite de ontem, Mendes havia, em conversas particulares, classificado como "indecente" a decisão de Mello, e teria dito que "não se afasta o presidente de um poder por iniciativa individual e com base em um pedido de um partido político apenas, independentemente da sua representatividade". Em sua visão, o STF, se quiser "restaurar a decência", tem que reverter a decisão de Mello.

Contudo, essa decisão é uma incógnita. Para reforçar a queda de braço, o Senado decidiu não acatar a liminar de Mello, com o respaldo inclusive de Jorge Viana, do PT, que assumiria em caso de afastamento de Renan.

Se as coisas seguirem como na consulta que havia feito a Rede sobre a manutenção de réus em ações penais na linha sucessória presidencial, tudo indica o afastamento de Renan. Na ocasião, a votação estava em 6 votos a 0 pelo afastamento do presidente, mas foi interrompida pelo pedido de vistas de Dias Toffoli.

Segundo Carmen Lucia, presidente do STF, a votação será colocada em pauta assim que os relatores liberarem qualquer uma delas, seja a de pedido de vistas de Toffoli, seja a liminar de Mello.


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STF    Política



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