O procurador geral da Justiça investiga denúncias de envolvimento do presidente da Assembléia Legislativa, Fernando Capéz, em esquema de fraude na Merenda Escolar, em São Paulo.
Guilherme de Almeida SoaresSão Paulo
terça-feira 26 de janeiro de 2016 | Edição do dia
O procurador geral da Justiça criou uma força tarefa para poder investigar denuncias de envolvimento do presidente da Assembléia Legislativa, o deputado Fernando Capéz, em esquema de fraude na Merenda Escolar. O Fernando Capez é acusado por funcionários da Coaf (Cooperativa Orgânica Alimentar Familiar) de receber propina a cada contrato da entidade privada com o setor público.
De acordo com a operação Alba Branca deflagrada pela polícia e o Ministério Publico de Bebedouro, mostra que um assessor do Fernando Cápez teria uma ligação com a organização que superfaturava produtos agrícolas para administrações municipais. Em depoimento, os funcionários da Coaf afirmam que o Fernando Capéz recebia propina que chegava a 25% dos contratos.
Enquanto o governo estadual do PSDB pretende cortar quase R$7 milhões do orçamento do Estado de São Paulo, o mesmo investe dinheiro nestas empresas para que as mesmas ofereçam um péssimo atendimento para a comunidade escolar. A grande prova disso é que no caso da merenda das escolas estaduais de São Paulo é popularmente conhecida pela comunidade escolar por ser uma comida de péssima qualidade. Sabemos que a única intenção destas empresas que fazem acordo com o governo é ter um lucro cada vez maior.
Este é mais um capítulo que mostra como a escola pública está sendo sucateada. Enquanto isso, o Estado não chama os aprovados do ultimo concurso público feito pelo Estado, não dá aumento de salário para professores, fecha salas de aulas, tenta aplicar a "reorganização escolar" no ano passado e corte verba para materiais básicos como papel higiênico e giz, os grandes empresários fazem acordo com o Estado para que ambos saiam lucrando com isso.
Nossos alunos, para quem a merenda escolar muitas vezes constitui a única fonte de alimentação "regular", tem suas necessidades mais íntimas manipuladas por empresas fraudulentas com apoio de agentes do governo. Isso diz muito da "valorização do ensino público" que propagandeia com um cinismo sem limites os tucanos do PSDB.
Não podemos confiar nem nos órgãos da Justiça, muito menos nos parlamentares do PT que pedem por favor pro PSDB para que se abra uma CPI onde todo mundo sabe que vai terminar em Pizza. É preciso organizar por cada região do Estado de São Paulo, uma comissão formadas por pais, alunos e funcionários e que a Oposição Alternativa junto com o Bloco de Oposição faça uma campanha pedindo a prisão e a expropriação de todos os bens dos envolvidos.
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