O Movimento Desocupa, está recebendo apoio da SEEDUC e diretores para invadir violentamente as escolas ocupadas, no intuito de forçar a desocupação, como foi o caso da desocupação da Colégio Estadual Prefeito Mendes de Moraes, a primeira escola ocupada, da Ilha do Governador, no Rio de Janeiro.
quarta-feira 18 de maio de 2016 | Edição do dia
O envolvimento da SEEDUC, desde o uso das redes sociais até o envolvimento direto entre diretores e os invasores de escolas, incluindo denúncias da contratação de gangues para invadir os colégios, expusemos nesta notícia aqui.Os fatos mostram a necessidade do comando de escolas ocupadas, pais e responsáveis e o SEPE organizarem a apuração dos fatos da ligação entre a SEEDUC e a violência nas escolas, em uma comissão de investigação independente.
O Esquerda Diário está acompanhando e atuando cotidianamente em apoio à luta dos estudantes de todo o país. Conversamos com Y, estudante do CE Central do Brasil, no Meier, que também foi desocupado no dia 16 de maio à força pelo Movimento Desocupa, e que está ocupando Diretoria Regional Metropolitana III, conhecida como Metro III, exigindo dessa instância da Secretaria da Educação que tome medidas contra os ataques às escolas. Y relata a violência e covardia do Movimento Desocupa:
“O que aconteceu é que domingo de madrugada, era 3:20 da manhã, a gente recebeu a notícia de que a torcida organizada do Vasco no dia seguinte de manhã estaria lá tentando desocupar o colégio. E a gente tinha gente lá para combater com eles, pra cair na porrada, só que a gente não quis. Porque nós levamos em conta que o nosso movimento é o movimento estudantil e isto já passou de política, isso é gangue, sabe, torcida organizada é gangue. É uma parada totalmente errada, entendeu? Então nós decidimos que a gente fugiria, desocuparia o colégio por conta nossa própria, e nós fomos para o colégio vizinho, que é o Visconde de Cairu. Só que eles não queriam desocupar o colégio, eles queriam brigar, eles queriam bater, e eles foram atrás da gente no Cairu pra bater na gente. Então, diante disso tudo, desocuparam nosso colégio, o ‘desocupa’ ocupou o colégio novamente e aí a gente se encontrou num estado sabe totalmente triste e tal , ai a gente pegou e decidiu ocupar a metro III, que foi uma ideia muito sinistra. Todo mundo concordou, chegamos lá, entramos, e ocupamos a Metro III, e é isso, por enquanto está fluindo. A ocupação da Metro III vai continuar. A ocupação está reivindicando segurança nos colégios ocupados.”
