Após 2 meses da aprovação da lei de "autonomia", lei que na verdade aprofunda a submissão do Brasil ao imperialismo, pela primeira vez na história do Banco Central haverá uma diretoria com prazo fixo de mandato.
terça-feira 20 de abril de 2021 | Edição do dia
O decreto publicado nessa terça-feira (20) e assinado por Bolsonaro nomeia o economista Campos Neto como o primeiro presidente com mandato fixo da história do Banco Central.
Ele ficará até 31 de dezembro de 2024, ou seja, até a metade do próximo governo da presidência da república. De acordo com a nova lei, será um mandato de 4 anos com a possibilidade de uma renovação ao término, sempre na metade do novo governo.
A mesma regra vale para a diretoria de regulação e de administração, hoje ocupadas por Otávio Ribeiro e Carolina de Assis, respectivamente.
Com o argumento cínico de "blindar" o Banco Central de interferência política, todos os atores do regime do golpe no Brasil se uniram para aplicar esse ataque, que é parte do programa ultraneoliberal de Paulo Guedes e que na realidade aprofunda a submissão do Brasil aos interesses imperialistas.
Para entender mais sobre isso, leia: Autonomia do BC: entenda o projeto aprovado que aprofunda a submissão do país