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SAÚDE PÚBLICA | AGU e Temer se colocam contra o aborto e atestam que pouco se importam com a vida das mulheres

terça-feira 4 de abril de 2017 | Edição do dia

Grace Mendonça, Advogada-Geral da União, confirma nota do Palácio contra o aborto. O documento ignora todas as estatísticas relacionada as mortes por conta da realização de abortos clandestinos e diz que o direito do nascituro está acima das vontades das gestantes. Retirando assim todo o direito da mulher sobre o próprio corpo e vida, ao mesmo tempo que com todos os cortes nos direitos sociais além das reformas reacionárias na previdência e trabalhista, o governo retira das mulheres e seus filhos as minimas condições de uma vida digna.

Claro que para o governo esses fatores não são avaliados, primando apenas sua moral conservadora e machista, onde as mulheres devem cumprir seu papel materno independente das condições sociais e da escolha individual delas. Ignorando também a pressão que a gestante sofre do capitalismo, de tripla jornada de trabalho, ter que em muitos casos criar os filhos sem recursos, inclusive sem ajuda do pai.

O machismo é majoritário na nota do governo colocando a mulher com um simples papel coadjuvante no processo que é a gestação. A mulher não tem escolha para esse Palácio machista, simplesmente o direito do feto, não importando as condições sociais.

Em um trecho do documento está escrito: “Não se ignoram as angústias e os sofrimentos das gestantes que não desejam prosseguir em uma gravidez, mas o valor social protegido é a vida do nascituro”. Dito isso, o posicionamento do Palácio do Planalto é de não importar nem com as angústias do nascituro, e menos ainda com as angústias da mãe. Ainda mais se obrigada a ter um filho não desejado.

Muitas ainda morrem em clínicas clandestinas e o governo afirma que “Não são o Estado nem as leis que constrangem as mulheres às práticas abortivas clandestinas e arriscadas”. Assim, volta-se a velha e cada vez mais corriqueira prática de culpar a vítima, típico do comportamento agressor e renegando as mulheres à morte por abortos clandestinos, principalmente as mulheres negras e da periferia.




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