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FEMINICÍDIO | Travesti é assassinada por incentivar amiga a denunciar violência contra mulher

Há menos de um mês da aprovação da lei que reconhece o feminicídio no país, Adriana, travesti de 24 anos, ao incentivar sua amiga a denunciar a violência doméstica que sofria do marido é assassinada. Adriana não contará com o registro de feminicídio, pois a lei não abrange as comunidades trans.

domingo 29 de março de 2015 | 01:03

Segundo o jornal Campo Grande News, Adriana é a segunda travesti morta em menos de um mês em Campo Grande (Capital). O crime ocorreu em frente a casa de amigos da vítima, por volta das 13:30. Quando Adriana e seus amigos saíram para comer, uma motocicleta preta estacionou e disparou três tiros, atingindo um no peito e outro na barriga da travesti.

Segundo uma testemunha, Adriana havia incentivado sua amiga a fazer uma denúncia contra a violência que sofria. A polícia já identificou o assassino mesmo assim, decidiram esperar que o mesmo se apresente voluntariamente à delegacia.

Contraditoriamente, a violência de gênero contra Adriana foi resultado de não aceitar a violência contra as mulheres. Noticiada por seu nome masculino e enterrada sem o direito a sua identidade, Adriana (não) entra nas estatísticas das travestis que morrem, sem justificativa e sem nunca ter existido para a sociedade que não a reconheceu.




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