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Luta quilombola | Todo apoio ao Quilombo Kedi! Fora especulação do Zaffari e do Melo!

Desde o dia 13 de novembro, a Justiça determinou a demolição de algumas casas localizadas no Quilombo Kedi, um território histórico dos quilombolas que vivem lá há anos. Depois da negociação de remoção com algumas famílias, com retroescavadeiras demoliram 2 casas e 1 parcialmente. A ação foi suspensa pela mobilização dos moradores e pela Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

terça-feira 28 de novembro de 2023 | Edição do dia

Mesmo assim, os moradores do quilombo, que reivindicam o espaço historicamente, e apoiadores seguem em vigília por conta da ameaça iminente de retirar-lhes o território, e hoje, 27, pela manhã, o espaço amanheceu com uma retroescavadeira e uma máquina de estaquear o solo paradas em função da vigília que ocorre no local.

Entrevistamos uma das lideranças do Quilombo, Tânia, que relatou o seguinte:

“estamos sofrendo muita opressão das empresas. Querem nos tirar o território onde viveram nossos avós e onde criamos nossos filhos e netos. Eu morava com meu avô e, nessa época, tinha muito mato em volta, não tinha nenhum prédio ou ruas como tem hoje. Isso quer dizer que os intrusos são eles, não somos nós. Agora que os empreendimentos estão aumentando, estão nos tratando como intrusos, sendo que estamos aqui há mais de 100 anos. [...]
Hoje estão ameaçando demolir nosso território. Tem sido cansativo, porque não conseguimos descansar com essa situação. Mas a cada dia que passa, aumentam nossas forças pra lutar, cada vez mais. Se eu tiver que morrer pela minha terra eu vou morrer pela minha terra”

As empresas atacam o local há anos com seus interesses especulativos e, agora, a cia Zaffari e a prefeitura vêm tentando expropriar o território dos quilombolas para construírem seus empreendimentos imobiliários de luxo, assim como Melnick e outras cias vêm fazendo em outros territórios, como no Morro Santana. Essa sanha capitalista especulativa vê o lucro acima de tudo, inclusive das vidas e da história de todos que são parte da história do território quilombola, o que precisa ser fortemente repudiado por toda a população. A mídia hegemônica, como a Zero Hora e o Diário Gaúcho propagam notícias para aterrorizar a comunidade, pois estão à serviço dos interesses da prefeitura privatista de Sebastião Melo e das empreiteiras.

O direito ao território coletivo é básico e precisa ser garantido à comunidade quilombola, com a devida demarcação e com todas as garantias e direitos necessários para a comunidade. Por enquanto, a ação de demolição foi suspensa, depois da mobilização da população quilombola e de seus apoiadores. A luta segue e precisa ser de todos os coletivos, parlamentares de esquerda e organizações políticas.Todo apoio ao Quilombo Kédi!




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