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Porto Alegre | Rodoviários da Carris dizem "NÃO" à proposta que buscava liberar patronal para demitir

Melo (MDB), carrasco de Porto Alegre, entregou a Carris fraudulentamente para a Viamão no último dia 23. Agora, uma proposta patronal, com o apoio da burocracia sindical, buscava demitir rodoviários em troca de 12 meses de indenização, mas os trabalhadores recusaram a se vender para a proposta privatista e precarizante de Melo e dos patrões.

terça-feira 30 de janeiro | Edição do dia

Em outubro do ano passado, a Companhia Carris, centenária empresa pública de transporte rodoviário de Porto Alegre, foi vendida por Melo (MDB) para a Viamão em um leilão de fachada e por 109 milhões de reais - uma fração do faturamento anual da empresa - parcelados em 121 vezes. Foram veículos, imóveis e 20 linhas entregues por 20 anos para uma patronal que sabidamente impõe um serviço caro e precário onde já atua. O servilismo do prefeito da capital gaúcha é tão grande que inclusive se propôs a pagar os eventuais encargos trabalhistas para a Viamão, além das multas rescisórias de demissões que os novos patrões decidirem realizar até abril.

Assim, foi proposto um acordo que previa que os trabalhadores aceitassem, em troca de suas demissões, uma indenização de 12 meses no valor do salário base. Querem entregar tudo de mão beijada e se livrar dos rodoviários que sustentaram a empresa durante anos, inclusive durante a pandemia, e que lutam em sua defesa.

Entretanto, os rodoviários da Carris organizaram um plebiscito para uma decisão coletiva sobre a proposta e responderam com um contundente “NÃO”, contra toda a pressão da prefeitura, dos patrões e da direção do sindicato, que apoiavam o "sim". Foram contabilizados 519 votos contrários, 242 favoráveis e 20 nulos, segundo informações conseguidas pelo Esquerda Diário. Uma vitória do “sim” teria o status de quitação de contrato de trabalho por acordo coletivo, sem poder ser questionada na justiça e passando por cima do já terrível edital atual - que previa estabilidade de 10 meses para apenas 718 trabalhadores, sendo inclusos mais 177 depois do prazo legal de alteração do edital.

Nós do MRT, Esquerda Diário e Juventude Faísca sempre estivemos lado a lado na luta dos rodoviários e aplaudimos essa afronta dos trabalhadores contra as manobras de Melo, dos patrões e seus lacaios. Essa resposta dos trabalhadores é um ponto de apoio para retomar uma mobilização na base, que pressione o sindicato e busque solidariedade de outras categorias e de toda a população de Porto Alegre para exigir a garantia de todos os empregos e lutar para reverter a privatização.

ABAIXO À PRIVATIZAÇÃO! EM DEFESA DOS EMPREGOS E DA CARRIS PÚBLICA! CONTRA AS PRIVATIZAÇÕES DE MELO E LEITE, POR UM TRANSPORTE 100% ESTATAL E CONTROLADO PELOS TRABALHADORES!




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