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PERNAMBUCO | Raquel Lyra (PSDB) lança pacote para reprimir trabalhadores no transporte público

Ainda nesse semestre, o governo de Raquel Lyra planeja lançar mais uma medida que escancara o seu governo reacionário. Dessa vez, Lyra anuncia a criação de um pacote de ações que diz ‘MORALIZAR’ transporte público da Região Metropolitana do Recife. O que na prática, significa passar por diversas vias, o seu projeto de repressão e violência policial contra a classe trabalhadora pernambucana.

domingo 21 de maio de 2023 | 18:37

Ainda nesse semestre, o governo de Raquel Lyra planeja lançar mais uma medida que escancara o seu governo reacionário. Dessa vez, Lyra anuncia a criação de um pacote de ações que diz ‘MORALIZAR’ transporte público da Região Metropolitana do Recife. O que na prática, significa passar por diversas vias, o seu projeto de repressão e violência policial contra a classe trabalhadora pernambucana.

Em Recife mais de 80% da classe trabalhadora é quem utiliza o transporte público para se locomover para seus postos de trabalho, tendo de pagar por uma passagem que não é nada compatível com o valor salarial, pois, segundo a Pesquisa do Observatório das Metrópoles, a renda mensal média de 40% dos trabalhadores do grande Recife é de R$104. Por outro lado, os trabalhadores do transporte seguem cada dia mais precarizados. A dupla função, onde o motorista deve também fazer o papel de cobrador, é sem dúvida a condição mais crítica de precarização, não apenas aumentando a exploração dos trabalhadores e a enorme carga de estresse, como também coloca em risco suas vidas e a dos passageiros. Isso sim é verdadeira “desmoralização” do transporte público. Enquanto isso, as empresas capitalistas de transporte em pernambuco lucram às custas da miséria da população, e ainda oferecendo péssimas condições de transportes.

O pacote de ações do governo Lyra para o transporte público do Recife vem mostrar o quanto seu governo está contra os trabalhadores. Além de atender a garantia dos lucros das empresas privadas de transportes do estado, coloca em jogo o seu carro chefe da política para Pernambuco, que é o fortalecimento dos aparelhos repressivos através da polícia. Colocar mais catracas, encher de polícia nos terminais, é a resposta de Lyra para evitar que pessoas utilizem os transportes sem pagar passagem. Quando, na verdade, nada tem feito para melhorar as condições precárias de trabalho dos trabalhadores dos transportes, nada a se falar sobre reforma urbana radical e de acesso integral à cidade pelos trabalhadores. Ou seja, o reacionarismo de Lyra quer colocar a força policial para reprimir o conjunto da classe trabalhadora pelos problemas estruturais da miséria do capitalismo.

Não esqueçamos que a mesma polícia de Raquel Lyra foi quem violentou com um tapa na cara, uma mulher trans que lhe pedia ajuda por ter sofrido transfobia dentro do ônibus. Por isso, defendemos que não devemos confiar nas polícias, nem nos governos que atacam diariamente e brutalmente o conjunto da classe trabalhadora. Enquanto isso, o PT de Pernambuco se recusa a fazer qualquer oposição na ALEPE, se mantendo em uma bancada independente que permite uma ambígua neutralidade perante ao governo do estado, com direito a dividir palanque com Lula em meio a vaias dos trabalhadores da saúde.

A única forma de realmente “moralizar” o transporte público perante a população é acabando com as políticas de precarização do transporte, acabando com a dupla função, concedendo passe livre para estudantes e desempregados e estatizando as empresas de transporte sob o controle e gestão dos trabalhadores e usuário. Dessa forma, colocando o transporte público não ao interesse do lucro, mas sim da população.




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