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Conciliação de classes | PT filia prefeitos de partidos burgueses incluindo do PL de Bolsonaro

O Partido dos Trabalhadores está numa escalada de filiação de partidos burgueses, filiando até prefeitos do PL de Bolsonaro.

segunda-feira 13 de novembro de 2023 | Edição do dia

Desde que abriu para a filiação de prefeitos para as eleições de 2024, o Partido dos Trabalhadores já filiou 51 prefeitos de partidos burgueses e da direita tradicional. A maioria das filiações se deram no Piaui, Bahia e Ceará, e incluem a filiação de 5 prefeitos do PL de Bolsonaro. O critério foi o apoio dado por estes à Lula no segundo turno, e aos candidatos do PT aos governos estaduais na última eleição.

2 prefeitos do PL são do Estado da Bahia, Romi e Marcelo Emerenciano, sendo o segundo uma tentativa de ser a ponte entre o PT e o agronegócio na região de Cocos, tendo articulado a ida de Lula ao evento Bahia Farm Show. "Nunca escondi que sou simpatizante e votava com o PT. Não tenho alinhamento ideológico com o bolsonarismo. Sou de esquerda", disse o prefeito ex membro do PL. No Ceará, os prefeitos do PL filiados foram Wilamar Palácio, de Cariús, Marcondes Jucá, de Choró, e Francisco Mendes, conhecido popularmente como Meu Deus, de Santana do Acaraú.

Foram 183 prefeitos eleitos pelo PT em 2020, pior número desde 1996, e agora a marca chegou a 234. Até abril de 2024, mais figuras da direita tradicional e até figuras "arrependidas" dos partidos da base do bolsonarismo deverão fazer a filiação. O movimento é parte de uma versão piorada dos governos Lula que, se antes conciliava com a burguesia e os grandes banqueiros, hoje concilia até mesmo com a base da extrema direita golpista, através do seu projeto de governo de frente ampla

É assim que Lula tinha iniciado seu governo com Daniela do Waguinho. Mais recentemente, nomeou ex acessor de ninguém menos que Weintraub Antônio Paulo Vogel para a pasta comandada por André Fufuca, outro que também foi nomeado nessa onda de acolher figuras da extrema direita em ministérios.

Assim, também se justifica o silêncio do governo Lula-Alckmin frente ao avanço da extrema direita em São Paulo com as privatizações de Tarcísio. Por isso, o partido caminha estando aberto a alianças eleitorais inclusive com os partidos da extrema direita e também setores do PL mais próximos do Centrão e de tudo que há de pior na política nacional.

Leia també: Lulismo senil em um regime político degradado




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