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Educação RS | Novos descontos para dependentes do IPE-Saúde são aplicados na esteira privatista de Leite

Fruto da derrota da luta (mal) organizada em junho pelas direções sindicais, com papel central da direção do CPERS, no Rio Grande do Sul, servidores começam a receber os boletos para pagar o plano dos seus dependentes do Ipe-saúde com aumentos absurdos. Ao mesmo tempo Eduardo Leite fez demagogia encaminhando para a Assembleia Legislativa um pequeno aumento do Vale Refeição comemorado pela direção do CPERS como uma grande vitória, mas que não está na folha de pagamento de outubro como prometido.

sexta-feira 27 de outubro de 2023 | Edição do dia

No final das contas, quem possui dependentes no IPE-Saúde irá perder mais do que ganhar no Vale-Refeição, sendo que aposentados sequer recebem VR. Pois antes da reforma do IPE, sucateado pelo próprio governo com intenções privatistas, como sempre, o desconto dos dependentes vinha em folha de pagamento e era de 54 reais, agora varia de R$126,53 até R$759,04 de acordo com a idade. Os servidores receberão boletos para pagar esses valores como informado no site do IPE-Saúde.

Professores e professoras do estado do RS manifestam indignação nas redes com relação a situação imposta pelo governo Leite, principalmente professoras aposentadas, que estão há 9 anos com os salários congelados e ainda tiveram aumento nas alíquotas com a reforma administrativa, que passou na virada de 2019 para 2020 e que teve o papel traidor da burocracia do CPERS (PT, PCdoB e PDT) que negociou pelas costas dos servidores.

A reposição escalonada que pagou menos para quem tinha mais tempo de serviço e absolutamente nada para funcionários e aposentados, Eduardo Leite chamou de aumento, mas não chegou nem perto de repor a defasagem salarial que já somava 47,82% de acordo com o CPERS Sindicato. Neste momento não há nenhuma campanha ou mobilização construída pela direção do CPERS, como se não houvessem pautas para se construir uma forte assembleia e contruir um plano para enfrentar a precarização da educação levada à frente por Eduardo Leite também com vistas em favorecer empresas privadas na educação pública com as PPPs (Políticas Público Privadas).

O único caminho viável para defender a educação pública e os direitos dos servidores é o da auto organização e mobilização pela base e independente do governo Lula/Alckmin que se comprometeu com a direita e com a Fundação Lemann e outras no MEC. É preciso nos organizarmos em cada escola, para construir a luta desde baixo, colocando a direção do CPERS contra a parede e exigindo grandes campanhas para retomar os direitos perdidos. É preciso batalhar também com a organização democrática de cada local de trabalho pela retomada do sindicato para as mãos dos trabalhadores para que o sindicato esteja verdadeiramente à serviço dos interesses da categoria.

Não se pode deixar de mencionar também que a pauta pela revogação integral do Novo Ensino Médio ficou em segundo plano. Após a reforma da reforma em setembro os dirigentes sindicais do PT, PCdoB e até do PSOL comemoraram a miséria do possível indo à Brasília e abraçando o MEC do Camilo Santana, como se estivesse tudo resolvido. Mas não está, pois a reforma da reforma proposta pela base governista e encaminhada ao Congresso Nacional preserva a essência neoliberal do NEM, tanto que foi aplaudida pelos empresários que estão dentro do MEC e de olhos grandes na educação pública como Fundação Lemann, Fundação Itaú Cultural e Kroton-Anhangueda.




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