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Indústria | Mais um trabalhador faleceu por conta da explosão na Braskem. Patronal ainda não informou motivo da explosão.

Nos últimos dias acompanhamos o incêndio na indústria no Polo Petroquímico de Capuava que deixou seis trabalhadores terceirizados feridos e dois trabalhadores mortos, um deles faleceu logo no momento da explosão.

sábado 8 de julho de 2023 | Edição do dia

No dia 03 de Julho, o Sindicato dos Químicos do ABC confirmou o segundo óbito causado pela explosão. Foi organizando ato ecumênico e em defesa da Saúde e Segurança dos Trabalhadores ontem, quinta-feira (6) na portaria principal da Braskem.

O Sindicato informa que está acompanhando as investigações em conjunto com o Ministério Público do Trabalho, a Superintendência do Trabalho e a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) “para que medidas concretas sejam tomadas e os riscos de novos acidentes sejam eliminados”.

Nós do Esquerda Diário prestamos total solidariedade aos familiares e amigos e fazemos aqui uma denúncia pelo tempo que se estende em ter uma resposta concreta sobre a ocorrência.

Já passa de 12 dias após a explosão e ainda não se tem um laudo sobre o acidente. Isso deixa nítido o quão precarizado encontra-se o dia a dia do trabalhador no chão de fábrica, em especial os terceirizados. O desinteresse e descaso das patronais é enorme pois estão deixando como resposta um vazio de informações do que de fato causou o acidente, deixando os familiares sem respostas.

Não é de hoje que notícias envolvendo a Braskem fazem tocar o sinal de alerta para os trabalhadores do Polo petroquímico, assim como, a população que reside próximo a industria química que sofre com a contaminação do ar. Isso causa preocupação com a queda na qualidade de vida na região, deixando trabalhadores, estudantes e aposentados predispostas ao adoecimento.

Os relatos de trabalhadores e moradores da região mostram que a empresa faz um processo de incineração nas madrugadas, para descarte de erros produtivos, levando assim problemas respiratórios e alterações na imunidade dos que residem na região.

Precisamos unificar nossas forças como fizeram os professores da Subsede da Apeoesp de Santo Andre que foram ate a fabrica prestar solidariedade as famílias e exigir a responsabilização da patronal.

É preciso exigir do Sindicato dos Químicos uma mobilização que vá pra além de atos ecumênicos, exigindo uma resposta imediata sobre o acidente e um grito de basta as mortes e acidentes de trabalho que muitas vezes passam pela subnotificação das patronais.

Somente a unificação de todos os setores da classe trabalhadora, organizados em seus locais de trabalho, se mobilizando ombro a ombro contra os ataques que sofremos com toda precarização do trabalho, envolvendo todas as centrais sindicais é que derrubaremos aqueles que nos colocam em zona de perigo cotidianamente.

Veja também:
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