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DESLIZAMENTOS | Mais mortes em Salvador

terça-feira 12 de maio de 2015 | 00:30

A madrugada de sábado para domingo(10/05) foi de forte chuva em Salvador a cidade amanheceu em completo caos, às 16h do domingo a defesa civil já registrava mais de 151 ocorrências 95 delas de deslizamentos de terra. Na Rua Coronel Pedro Ferrão Costa, na Baixa do Fiscal uma barranco deslizou atingindo cinco casas deixando-as completamente destruídas e nove pessoas soterradas. O que se viu a partir da no local foi o desespero, familiares tentavam socorrer as vitimas com a ajuda do corpo de bombeiros, quatro pessoas morreram e cinco sobreviveram, as buscas duraram oito horas de muita dor.

Há três semanas 15 pessoas morreram soterradas na região do Bom Juá e Avenida San Martin e mais de 500 pessoas ficaram desabrigadas, o prefeito da cidade Antônio Carlos Magalhães Neto (ACM Neto) do DEM no momento prometeu tomar medidas para que o mesmo não voltasse a acontecer, a presidente Dilma(PT) e o govenador Rui Costa(PT) anunciaram que se solidarizavam com as vitimas e seus familiares mais na foi feito nas mais de 600 áreas de riscos da cidade de Salvador.

Em coletiva de impressa ACM Neto(DEM) na tarde desta segunda - feira (11/05) tentou explicar a situação apresentando as medidas tomadas como aluguel social um aporte financeiro de R$ 300,00 mensais, que pode chegar a um ano e auxílio - emergência, que pode ser de até três salários mínimos para quem tiver perdas materiais devido às chuvas. O que o prefeito não consegue explicar aos moradores é o milagre de conseguir um aluguel com este valor para uma família e como mobiliar a casa com um pouco mais de R$2.000,00. O prefeito também ameaçou entrar na justiça contra os moradores das áreas de risco que não tem para onde ir e recusam a sair de suas casas.

Mais uma vez a responsabilidade foi atribuída à chuva, mas os motivos dos deslizamentos são bem conhecidos, o governo federal, estadual e municipal criam e mantêm as condições para que estas tragédias se reproduzam . É sabido que a cidade conta com mais de 600 áreas de risco, e que nestes locais moram as famílias com os piores trabalhos e salários, mesmo assim nada é feito e projetos como o PL- 4330 que amplia o emprego precário e MPs do ajuste fiscal que aumentam a precarização da vida são levados à frente. A capital baiana é a cidade mais negra do mundo fora da África e embora à escravidão tenha terminado os negros permanecem com os piores postos de trabalho até hoje.

Foto: Marina Silva


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Bahia    Sociedade



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