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Violência no campo | Líder quilombola é assassinado no MA. Lutemos por justiça! Estado é responsável!

José Alberto Moreno, 47 anos, uma liderança da comunidade Jaibara dos Rodrigues, no município de Itapecuru-Mirim, foi assassinado a tiros nesta sexta-feira, 27.

sábado 28 de outubro de 2023 | Edição do dia

Segundo a Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Maranhão (Fetaema), José Alberto é a décima vítima quilombola assassinada no Maranhão entre 2020 e 2023. A Fetaema também afirma que nenhum desses casos, os responsáveis ou os mandantes foram identificados. Um índice triste e revoltante de assassinatos de Lideranças do Maranhão.

Em 2018, Dorivan Soares Guajajara, de 28 anos, residente da terra Arariboia, mais conhecido como Cabeludo, foi mais um assassinado. Com ele foi morto também Roberto do Nascimento Silva 31, conhecido como Crioulo e que não era indígena. Foi a quarta morte de um indígena da etnia Guajajara no Estado, somente naquele ano.

O assassinato de lideranças indígenas e quilombolas avançou durante o governo Bolsonaro, deixando a vida dos indígenas e quilombolas em risco frente a ganância de lucro dos madeireiros, e empresários do agronegócio e mineração.

Esse aumento de assassinatos de lideranças no campo foi incentivado pelo próprio Bolsonaro, como parte do interesse da bancada ruralista.

O governo Lula-Alckmin mantém a conciliação com a direita, abrindo espaço à extrema direita e atendendo os interesses do agronegócio. Isso ficou explícito no veto ao Marco temporal, que não foi integral, mantendo dispositivo que coloca a "soberania" e a "defesa" nacional como direito acima do direito dos povos indígenas sobre as suas terras, e outro dispositivo que autoriza atividades econômicas exercidas em terras indígenas pela população indígena de direito àquele território, permitindo flexibilização da possibilidade de contratação ou de cooperação de mão-de-obra que não seja daquela comunidade.

Para lutar por justiça por cada assassinado no campo e por uma reforma agrária radical, é preciso uma luta independente do governo Lula-Alckmin, que rifa os direitos dos povos indígenas e do campo para atender os interesses de lucro dos grandes latifundiários.




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