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3º CONGRESSO DA ANEL | Juventude Às Ruas realiza grande atividade no CONANEL

domingo 7 de junho de 2015 | 18:10

No terceiro dia do 3º Congresso da ANEL, a Juventude Às Ruas realizou a atividade "Crise das universidades e crise econômica: qual o futuro da juventude?" que contou com a presença do professor da Universidade de Campina Grande da Paraíba, Gonzalo Rojas, o doutorando da UNICAMP e editor do portal Esquerda Diário, Iuri Tonelo e Carolina Cacau, da gestão do CASS UERJ "Um passo à frente".

A mesa contou com mais de 180 estudantes de 9 estados do país. A discussão na atividade da Juventude às Ruas girou entorno da atual crise estrutural da educação no Brasil frente ao fim de ciclo do governo do PT. Partiu-se da importância de uma juventude revolucionária na realidade nacional em seus distintos aspectos, e depois ligando com a necessidade de colocar as lutas por salários atrasados e permanência estudantil na perspectiva de uma universidade à serviço dos jovens, trabalhadores e os setores excluídos e que o conhecimento na universidade seja pensado para satisfazer as necessidades da população e não para garantir e aumentar o lucro dos empresários.

Após a apresentação da mesa, os estudantes presentes das diversas delegações expressaram a situação das diversas lutas atualmente em curso. A mesa abriu para falas dos presentes e estudantes das diversas delegações de todo o país expressaram e relataram as experiências, necessidades, debilidades e fortalezas das lutas que enfrentam em cada universidade e a necessidade de coordenar tais lutas.

A luta pela organização dos secundaristas também se expressou na atividade da Juventude às Ruas. A estudante secundarista Thainá da Zona Leste de São Paulo colocou que não existiu espaço para debater os problemas dos secundaristas, afirmou que os secundaristas não podem esperar 2 anos até o próximo congresso para essas discussões. Afirmou que "precisamos dos secundaristas, precisamos dos terceirizados nas mesas. A galera não consulta os secundaristas. Teve professores mas tem vários universitários que estão em greve em vários estados, eles não estão chamando para mesa, não estão dando espaço para esses universitários, não estão dando espaço para os secundaristas".

Thainá reivindicou também o lugar dos secundaristas nas atuais lutas no Brasil: "Se é uma greve geral tem que ter o espaço para os secundaristas. Os secundaristas que estão sendo mais atingidos. Com a redução da maioridade penal vão ser mais atingidos. Vão ser mais atingidos, também, com a terceirização. Precisamos sim debater isso amanhã. Tem mais de 200 secundaristas no Congresso, cadê os secundaristas na mesa?!"

Outra questão que foi expressa é a necessidade da juventude universitária de sair do congresso com uma política concreta para enfrentar os ataques em cada escola e cada universidade e de convocar também os setores da educação dos estudantes das universidades privadas. Sobre esse ponto, Virginia Guitzel, que estudou em universidade privada e sofreu com o dilema das grandes dividas que são impostas, disse que "é fundamental discutir os grandes monopólios da educação privada, financiada com os impostos dos trabalhadores. Debater um programa para a defesa da educação nas universidades privadas e avançar também em programas que unifiquem as lutas dos setores secundaristas, das universidades públicas e privadas e também dos trabalhadores. É necessário lutar pela anistia das dívidas, redução radical das mensalidades e a estatização das universidades privadas, começando pelos grandes monopólios da educação".

Por fim, também ficou muito marcada a intervenção de Carolina Cacau, que sofreu com a repressão da reitoria da UERJ no Rio de Janeiro e convocou os estudantes no congresso a que "a ANEL fizesse diferença imediata na realidade das universidades federais, começando pela luta em defesa da universidade pública e suas necessidades elementares, mas avançando para o questionamento do projeto das universidades. Tal política concreta poderia partir do Rio de Janeiro, com a forte mobilização das federais e estadual, com um plano de luta e a realização de um encontro convocado massivamente no Rio que pudesse fazer diferença nas próximas semanas e mostrasse uma ANEL disposta a disputar os rumos do movimento".

A atividade encerrou marcando um importante perfil de um setor da ANEL que queria expressar as lutas em curso e debater propostas concretas para os rumos do movimento, tanto nas universidades públicas, mas também nas universidades privadas e nos estudantes secundaristas.




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