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DESASTRE AÉREO | Investigações sugerem que copiloto derrubou avião

quinta-feira 26 de março de 2015 | 19:43

Foto: EFE

Paris, 26 mar (EFE/Esquerda Diário).

Os investigadores da queda do Airbus A320 da Germanwings acreditam que o copiloto provocou o acidente voluntariamente, mas por razões ainda desconhecidas, e no momento "nada permite dizer que se trate de um atentado terrorista".

O promotor de Marselha responsável pelo caso, Brice Robin, explicou que o copiloto, identificado como Andreas Lubitz, de 28 anos, de nacionalidade alemã e que não era suspeito de atividades terroristas, respirou "normalmente" até o momento da colisão nos Alpes franceses, segundo gravação de uma das caixas-pretas.

Nos primeiros 20 minutos o copiloto manteve uma conversa "normal e cortês" com o comandante. Depois se escuta o comandante preparar o relatório de aterrissagem em Düsseldorf e o copiloto respondendo de forma "lacônica".

Posteriormente, o comandante pede para o copiloto assumir o comando do avião, provavelmente para ir ao banheiro, e em seguida é possível escutar o movimento de uma das poltronas e uma porta que se fecha.

Nesse momento, quando o copiloto já está sozinho na cabine, ele aciona o sistema de descenso e não fala mais nada.

"Ignoramos a razão, mas pode ser analisada como vontade de destruir o avião", disse Robin.

O promotor, no entanto, ressaltou que neste momento não existe nenhuma pista que indique que o acidente foi um atentado terrorista. Porém, também não descartam taxativamente esta hipótese. A polícia alemã conduziu buscas na casa do piloto e de seus pais buscando motivações para esta ação.

A federação sindical ECA que representa 37 sindicatos nacionais de pilotos na União Europeia emitiu um comunicado se solidarizando com as vítimas e chamando à realização de uma investigação de todas causas que contribuíram no acidente. Por mais que as evidências apontem à hipótese da ação deliberada do co-piloto esta entidade sindical alerta para uma investigação detalhada, argumentando que, sem o conhecimento detalhado dos eventos não se pode tomar ações para prevenção de futuros acidentes.




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