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QUEM PAGA A CONTA? | Governo aumenta rombo fiscal e já planeja como os trabalhadores pagarão pela dívida pública

quarta-feira 16 de agosto de 2017 | Edição do dia

O governo de Michel Temer, com grande peso para seu braço direito de ajustes, o ministro da Fazenda Henrique Meirelles, anunciou ontem um aumento no teto para o rombo das contas públicas para R$ 159 bilhões nesse ano. De imediato o governo já sinalizou da carne de quem ele planeja cortar (ainda mais) para saldar a sua dívida com os banqueiros: novamente dos trabalhadores.

O novo valor do teto do rombo das contas públicas supera em R$20 bilhões o seu valor anterior para esse ano, e em R$30 bilhões para o ano de 2018. Essa medida expressa uma situação mais calamitosa das contas públicas, que o governo já busca responder com mais ataques aos trabalhadores. No ano passado, que previa um déficit de no máximo R$ 79 bilhões, metade do novo valor previsto para 2018. Em abril, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já havia ampliado o déficit previsto de 2018 para R$ 128 bilhões e chegou a dizer que tinha uma folga.

A tendência com essa mudança é aumentar a dívida com os bancos em relação ao PIB, cujo valor hoje é de 73% de tudo que é arrecadado no país. O “déficit da previdência” é troco de pinga frente ao que o país paga para os bancos em juros e amortizações dessa dívida.

Frente a essa situação, o governo anunciou um novo plano de ataques, que ataca em especial o funcionalismo público, com congelamento por um ano o reajuste salarial de servidores federais, aumento da alíquota da contribuição à previdência de 11% a 14%, além de eliminar 60 mil cargos no setor público.

Pouco antes do anúncio da nova meta fiscal, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou ontem projeto que torna crime de responsabilidade a alteração da meta fiscal do País no segundo semestre do ano. Para passar a valer, a proposta precisa passar pelo plenário da Casa e pela Câmara.




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