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GOVERNO FEDERAL | Governo Dilma é ruim ou péssimo para 70% dos brasileiros, diz pesquisa CNT/MDA

A avaliação do governo da presidente Dilma Rousseff ficou praticamente estável entre julho e outubro, de acordo com levantamento produzido pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), em conjunto com a MDA Pesquisa, divulgado nesta terça-feira, 27.

quarta-feira 28 de outubro de 2015 | 00:00

Entre os entrevistados, 70% avaliaram negativamente o governo da petista. Na última pesquisa, divulgada em 21 de julho, o porcentual estava em 70,9% - a variação ficou dentro da margem de erro de 2,2 pontos porcentuais. O governo foi avaliado positivamente por 8,8% dos entrevistados, proporção superior a do levantamento anterior (7,7%).

De acordo com a pesquisa, 18,1% dos entrevistados avaliaram o governo Dilma como "ruim" e 51,9% o consideraram "péssimo". Já para 20,4% dos entrevistados o governo da petista é "regular", enquanto para 7,5% ele é "bom". Apenas 1,3% dos entrevistados classificou o governo como "ótimo". O porcentual dos entrevistados que não souberam ou não responderam foi de 0,8%.

Desempenho pessoal

Com relação ao desempenho pessoal de Dilma Rousseff, também houve oscilações dentro da margem de erro do levantamento. A desaprovação atingiu 80,7% enquanto a aprovação ficou em 15,9%. Em julho, o desempenho pessoal da petista era desaprovado por 79,9% dos entrevistados e aprovado por 15,3%. A mudança nos porcentuais se deu em razão da diminuição dos entrevistados que não sabem ou não responderam, que passou de 4,8%, na pesquisa de julho, para 3,4% no levantamento atual.

Foram entrevistadas 2.002 pessoas em 136 municípios de 24 unidades federativas entre os dias 20 e 24 de outubro de 2015. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, com 95% de nível de confiança. Isso significa que, em 100 pesquisas feitas com a mesma metodologia, 95 terão resultados dentro da margem de erro prevista pelo instituto.

Esses dados demonstram que o descontentamento com o governo de Dilma Rousseff não vem apenas dos ricos e da chamada classe média, como gostam de alardear os petistas, mas também cresce na classe trabalhadora. Isso se deve especialmente à situação econômica do país, que piora a cada dia, e à resposta dada para a crise: o ajuste fiscal.

Cada vez fica mais claro que dos "trabalhadores" o PT não tem mais nada. Diante da redução da arrecadação que o orçamento federal sofreu neste ano, o governo fez sua escolha: continuar a pagar a dívida externa para banqueiros e especuladores, e cortar direitos dos trabalhadores. Os ataques à educação (cortes de mais de R$ 10 bi), e aos direitos trabalhistas (como o PPE) tem refletido na imagem que a juventude e a classe operária tem tanto do governo federal como de Dilma em particular.

É necessário que esse forte sentimento de rejeição se transforme numa forte luta contra as medidas de austeridade do ajuste fiscal. É urgente a construção de uma mobilização que supere as direções estudantis e sindicais atreladas ao governo federal (UNE, CUT e CTB). Como a greve dos bancários demonstrou mais uma vez, não é possível confiar na CUT e em outras entidades ligadas ao governo federal. Apenas a mobilização independente e construída nas bases dos locais de trabalho e estudo pode fazer com que o rechaço hoje existente ao PT e a Dilma se transforme em vitórias contra o ajuste.




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