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METRÔ SP | Às vésperas da eleição, Alckmin promete fazer no metrô em 10 meses o que não fez em 12 anos

quarta-feira 22 de março de 2017 | Edição do dia

Visando as eleições presidenciais de 2018, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) prometeu entregar mais quilômetros de metrô nos próximos 20 meses do que a expansão que foi feita durante os últimos 12 anos. Um verdadeiro escarnio aos milhares de trabalhadores que dependem do metro para se locomover na gigantesca cidade de São Paulo.

O motivo do escarnio é que a política que o PSDB tem para o metrô de São Paulo é clara: investir o mínimo para entregar o transporte público a empresas privadas como a Alston que está sendo investigada pelo Ministério Público com o próprio governo do Estado de São Paulo. Este é o motivo que desde 2005, após anos de governo do PSDB, pelo qual a malha metroviária cresceu apenas 21 km.

Dos 57 km daquele ano, chegou aos atuais 78 km. A última inauguração de estação ocorreu há mais de dois anos, em novembro de 2014. Lembrando que o governo tucano centrou forças para fazer a linha 4 amerela, que é terceirizada.

Mas até 2018, Alckmin prometeu entregar novos 23 km, elevando a malha metroviária a 101 km. Em 2013, um documento da Secretária dos Transportes colocava que São Paulo contaria com 101 km ao final de 2014 - ano em que o governador se candidatou á reeleição do Estado. Para chegar a esse tamanho, o governo pretende concluir as obras já existentes nas linhas 4 - amerela (privatizada), 5 - lilas e 15 - prata.

Supondo que Alckmin cumpra sua promessa, algo bem improvável que aconteça, mesmo assim a malha de metro vai ser insuficiente para o tamanho de São Paulo. Isto mostra que o governador do Estado de São Paulo mantém a sua política conscientemente de sucateamento de um dos principais transporte público da cidade de São Paulo. Se Alckmin quisesse realmente expandir o metro levaria o metro para o Estado de São Paulo inteiro, mas seus acordos com os grandes empresários não permite que isso aconteça.

O projeto Pitu (Plano Integrado de Transporte Urbano) que apontava ’’vigorosa expansão da rede o metrô’’ com 110 km de acréscimo a rede existente no inicio de 2005 indica que sua meta de 2025 está distante. O secretário de Transporte Metropolitano de Alckmin afirma que ’’Estamos numa grande crise da construção civil no Brasil. Não somos uma ilha desafeta a tudo isso. Tenho setes grandes obras, só em duas ou três há problema, no resto estamos andando bem’’. Já Flamínio Fichmann, arquiteto, urbanista e consultor em transporte , a média do metrô em São Paulo ’’está totalmente aquém da necessidade dos planos originais’’. Ele afirma também que ’’Temos média de 2km de avanço por ano, enquanto Xangai tem construído 40 km por ano. É possível fazer mais com melhor planejamento. Defendo uma gestão terceirizada, com autonomia e transparência’’.

Como prova da política privatista que o PSDB tem para o metrô de São Paulo, de 2014 a 2016, a linha 5 - amarela foi a obra metroviária que recebeu os maiores investimento do Estado, de acordo com os dados de execução orçamentária. Foram quase R$4,4 bilhões destinados a esse projeto, valor muito superior ao R$ 1,7 bilhão gasto com o monotrilho da linha 15 - prata no mesmo período.

Enquanto o governo do Estado de São Paulo e suas amigas parceiras privadas fazem a festa e riem da cara da população, os trabalhadores que dependem do transporte público ficam a mercê de um transporte precarizado, caro e tendo que fazer várias viagens para chegar no local desejado.




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