sexta-feira 27 de março de 2015 | 00:00
O desemprego aumentou em fevereiro, de acordo com os resultados da Pesquisa Mensal de Emprego, do IBGE. Os dados são analisados em cinco regiões metropolitanas: Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro.
A taxa de desocupação foi estimada em 5,9% no conjunto das regiões, um aumento de 0,6 percentual na comparação com janeiro. Comparando com fevereiro de 2014, o aumento foi de 0,8 percentual.
Regionalmente, a análise foi a seguinte: em Salvador passou de 9,6% para 10,8%; em Belo Horizonte passou de 4,1% para 4,9%; no Rio de Janeiro passou de 3,6% para 4,2% e em Porto Alegre passou de 3,8% para 4,7%. Em relação a fevereiro de 2014, a taxa subiu nas Regiões Metropolitanas de Salvador, de 9,0% para 10,8%; de Belo Horizonte, de 3,9% para 4,9% e de Porto Alegre, de 3,3% para 4,7%.
Quanto aos setores, de janeiro para fevereiro, a maior queda foi em Outros Serviços, com - 3,7%. Já na comparação com 2014, os setores mais afetados foram Indústria, com -7,1% e Construção, -5,9%’.
Com o aumento do desemprego, e com alterações no seguro desemprego que retiraram direitos dos trabalhadores, o governo Dilma está fazendo o oposto que prometeu nas eleições e contribuindo para diminuir a renda dos trabalhadores. A mesma pesquisa aponto qe o rendimento médio dos trabalhadores caiu 1,4% em relação a janeiro, e 0,5% em relação a janeiro de 2014. Ou seja, a renda média caiu em valores absolutos, o que é ainda mais verdade se considerarmos a inflação que nos índices oficiais beira os 8%.
O rendimento cresceu somente em Recife (2,4%) e caiu nas demais regiões: São Paulo (-2,3%); Rio de Janeiro (-1,4%); Salvador (-1,1%); Porto Alegre (-0,5%) e Belo Horizonte (-0,4%). Na comparação com fevereiro de 2014, o rendimento mostrou crescimento em Recife (3,7%); Salvador (2,1%) e Porto Alegre (0,9%). Em Belo Horizonte e São Paulo registrou queda de 3,2% e 1,2%, respectivamente, e no Rio de Janeiro não variou.
Este resultado já é expressão das demissões ocorridas principalmente na Indústria, que afetam tanto o índice de desemprego, quanto na diminuição da renda, já que foram demitidos muitos trabalhadores qualificados da indústria. O maior impacto no rendimento é também resultado da inflação.
Este cenário da economia, a depender dos empresários terá ainda maiores custos aos trabalhadores. A Confederação Nacional da Indústria está pressionando para que além dos ajustes do governo Dilma, a retirada de direitos prevista nas MPS 664 e 665, que seja regulamentada o Projeto de Lei 4330 que aumenta, e muito, os alcances da terceirização, contribuindo ainda mais para rebaixar salários, retirar direitos, e para a patronal aumentar os lucros.
EFE/Esquerda Diário
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