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ELEIÇÕES 2018 | Covarde: Bolsonaro falta debate, dá entrevista e debocha com foto vendo programa de humor

A franca covardia do ex-militar foi revelada em um tweet postado na hora do debate, momento em que ele assistia o programa de comédia do Danillo Gentilli.

sexta-feira 5 de outubro de 2018 | Edição do dia

Bolsonaro teve o privilégio de ter uma entrevista no jornal da Record durante a o debate da Globo, do qual emitiu um atestado médico para se ausentar. Logo após emitir o atestado ele ligou para o seu novo apoiador de campanha, o bispo ricaço e homofóbico Edir Macedo para agendar uma entrevista, reproduzida ontem no mesmo horário do debate da Globo. O uso de uma concessão pública em favor de um candidato é considerado crime eleitoral.

Se quisesse, Bolsonaro estaria presente, mas desprezou o debate na qual sabia que se sairia mal. Não seria a primeira vez. Mas com forte apoio de alas da burguesia, desde os Evangélicos, à Folha de São Paulo, e o golpismo do STF e da Lava-Jato, com pesquisas indicando seu crescimento, percebeu que se ele não abrir a boca se dará melhor. Medo de desgaste no debate público é a mais rotunda prova de covardia.

O que esperar de diferente de um presidenciável escravista e autoritário, um ultraliberal que deseja impor na bala o seu programa de governo: reforma da Previdência, maior cobrança de imposto sobre os mais pobres, privatização total e até mesmo o fim do 13º, como quer seu vice-Mourão.

E não falar de todo racismo, machismo, homofobia deslavada, compartilhadas pelo humorista, que só servem a que esses setores sejam os mais castigados pelos patrões no seu eventual governo.

Por outro lado, Haddad e o PT se mostram inofensivos perante essa extrema-direita fortalecida, pois propõe um pacto de reconciliação com os próprios golpistas, do MDB ao PSDB, os mesmos escravistas que poderão tranquilamente ser base do governo de Bolsonaro. Não abre mão de procurar os mercados prometendo reforma da Previdência e ataques aos trabalhadores.

Ainda sem sucesso, vai ficando sem estratégia, já que essa velha proposta de conciliação com a latrina do regime de 88, que abriu caminho ao golpe, perante o qual o PT sequer tentou organizar lutar em seus sindicatos e entidades estudantis, deixou que a extrema-direita ganhasse corações e mentes. Provou que a lógica do “mal menor” de se aliar com a direita só a fortalece e deixa de fortalecer o lado dos trabalhadores e setores oprimidos.




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