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SP | Caos, atribuição sem transparência e demissões: mais um ataque de Tarcísio contra a educação

Essa semana os mais de 100 mil professores contratados vivem novamente o drama de uma atribuição de aulas a portas fechadas, totalmente desorganizada, caótica, sem transparência e repleta de arbitrariedades, que atinge também os novos ingressantes na categoria tão necessários tendo em vista a quantidade enorme que existe de falta de professores na rede.

quarta-feira 7 de fevereiro | Edição do dia

Dezenas de milhares de professores que foram demitidos no final do ano passado, encontram-se desempregados, com a preocupação de sustentar suas famílias, e aguardam às escuras, no meio de uma atribuição de aulas cujo método, critérios e etapas não são divulgados, abrindo espaço para fraudes e arbitrariedades de todo tipo, relevando o futuro da vida profissional de milhares de servidores aos caprichos da SEDUC de Feder e do governo Tarcísio.

A educação no estado sofreu ataques ininterruptos sob a extrema direita, passando por um concurso cuja eliminação já começava na divulgação dos locais de prova, com distâncias de 2h de percurso, gravação de video-aula cuja avaliação foi arbitrária e segue sendo questionada sem resposta, entre outros critérios absurdos como uma banca de heteroidentificação que determina a qual etnia a pessoa pertence, desrespeitando o direito de autodeclaração. No fim do ano houve uma demissão em massa que deixou até o momento mais de 50 mil professores sem salários, fechamento de centenas de salas de aula, superlotando as escolas e as salas e inviabilizando o ensino, municipalização goela abaixo de dezenas de escolas na capital, vigilância sobre os professores com câmeras, intervenção da polícia militar dentro de escolas, além de perseguição política, institucional e assédio das gestões aos professores, flexibilização de direitos e controle das horas de trabalho.

Tal cenário é ainda mais agravado pela tragédia social do Novo Ensino Médio, que no governo Lula-Alckmin recebeu meras mudanças cosméticas, uma plataformização da educação que serve para viabilizar rios de dinheiro para fundações como a bilionária Lehmann, e vem sendo responsável pelo aumento da evasão escolar, pelo aumento da carga horária dos docentes, por intensificar a disparidade entre escolas públicas e privadas além de ser excludente com a juventude trabalhadora e criar novos mecanismos de estratificação social. Revogação já da Reforma do Ensino Médio.

O NEM abre espaço para os governos estaduais, como o de São Paulo, de aprofundarem ainda mais a precarização do trabalho docente e do ensino, cortes bilionários no orçamento da educação, a privatização pelo meio das plataformas educacionais, os ataques contra a liberdade de cátedra e exclusão da juventude secundarista trabalhadora que este ano nem sequer terão o direito de vagas no noturno para os primeiros anos do ensino médio. É escandaloso o nível de desrespeito e desvalorização que projetam Tarcísio e Feder sobre os profissionais da educação. Nenhuma tolerância à guerra de Tarcísio contra a educação, basta de precarização!

O governador Tarcísio do Republicanos, partido que ganhou Ministério e agora é base do governo Lula-Alckmin, tem se fortalecido muito por essa via para atacar os serviços públicos e direitos, e agora usa o concurso, os contratos e as atribuições caóticas junto com o aparato jurídico estatal para desmoralizar os professores e acuar a categoria.
No momento em que a defasagem do quadro do magistério é enorme o governo se recusa a convocar todos os classificados no concurso até o preenchimento das vagas necessárias.

Para derrotar esses ataques é preciso mobilização, organizadas no chão da escola, entre efetivos e contratados, ativos e não ativos, unificados com toda comunidade escolar. Não será por meio de acordos, conchavos ou de reuniões com esses reacionários que não poupam esforços para acabar com a educação pública, tal como acredita e atua a direção da APEOESP, que se conquistará direitos elementares aos professores e educação plena e digna para as crianças, jovens e adultos

Somos todos professores! Pela efetivação imediata de todos os contratados! A efetivação é caminho pelo fim da precariedade e descaso com que são tratados mais de 100 mil trabalhadores da educação todos os anos. Por isso defendemos que todos os professores contratados sejam efetivados imediatamente sem necessidade de concurso público, com atribuições de aulas justas, e que possamos avançar para um método transparente, na qual os professores e a comunidade escolar decidam a forma e os critérios da atribuição, com condições de trabalho dignas para todos os professores.

Nenhum professor sem aula, nenhum aluno sem professor!




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