quinta-feira 16 de abril de 2015 | 01:39
Na quinta-feira (15) a Câmara dos Deputados adiou pela segunda vez a votação da PL 4330. Um acordo entre líderes dos partidos fez com que votação fosse adiada para próxima quarta-feira (22).
O acordo, que envolveu o PT, PSDB, PMDB, PRB, PR, SD, DEM, PDT, PPS e PV, inclui também o compromisso de não impedimento da votação, assim como a não retirada do projeto da pauta.
A combinação entre a implementação de um forte ajuste fiscal, apoiado tanto pela base do governo quanto pela oposição de direita, e a votação da PL fez crescer muito a insatisfação dos trabalhadores e setores populares, o que preocupa parte dos deputados.
Além do forte questionamento nas redes sociais, nesta quinta-feira centrais sindicais protagonizaram manifestações por todos o país contra a aprovação da PL da terceirização.
Apesar de que o discurso comum entre os parlamentares foi o de que se deveria conhecer melhor os significados de um projeto importante, na verdade o adiamento em comum acordo por setor representativo do regime político dos ricos visa "esfriar o caldo", para que a votação passe sem maiores crises políticas e sociais.
Os termos do acordo são bem claros, não impedir a votação, não retirá-la da pauta, mas talvez precisem fazer algumas mudanças para que apareçam como amenizantes para acalmar o conjunto da população trabalhadora.
Os representantes dos partidos que estão no poder temem principalmente uma crise mais profunda a partir de manifestações protagonizadas por trabalhadores através das suas organizações, como sindicatos, centrais sindicais e organizações políticas de esquerda e independentes do governo.
FOTO EFE
