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Bradesco: demissões, humilhações, intimidação e irregularidades

O Bradesco apontou lucro líquido de mais de 8 bilhões, mas por trás das lindas propagandas com familias felizes e jovens adultos bem sucedidos usando seus aplicativos em restaurantes caros, das catracas e portas giratórias para dentro a realidade é bem diferente. É um verdadeiro massacre o que o banco está fazendo com os funcionários.

quinta-feira 2 de novembro de 2023 | Edição do dia

Apresentamos o texto a seguir a partir de relatos dos trabalhadores do Bradesco da situação que estão passando, que assim como no Itau e nos outros bancos privados não podem vir a público denunciar, porque da porta giratória para dentro e nas salas de departamento o que prima é a ditadura da patronal mais poderosa do país. A realidade é assombrosa, redução do quadro de efetivos e demissões e massa com a expansão de diversas formas de precarização, tornando o assédio moral e situações desumanas numa norma de conduta.

O banco vem realizando demissões em massa desde o inicio do ano, com fechamento de agências, redução do quadro de funcionários e cortes que, em uma das concentrações do banco em São Paulo já atingem cerca de 20%. O desrespeito a que estão submetidos os bancários do Bradesco chegou ao ponto de demitirem um funcionário em tratamento oncológico. Essa é a verdade sobre o Bradesco, que não aparece na propaganda da marca.

Junto com as demissões se multiplica o assedio aos que ficam, as longas jornadas de trabalho, com horas extras além do permitido pela legislação e cada vez mais a utilização dos estagiários como bancários com menos direitos.

Os relatos que recebemos da situação na matriz do banco, conhecida como “Cidade de Deus” é revoltante. Bancários com décadas de casa são demitidos sumariamente e de maneira humilhante, sendo obrigados a se retirar imediatamente dos grupos de trabalhos e escoltados diretamente para a saída, muitas vezes sem sequer ter a possibilidade de se despedir dos colegas com que trabalham há anos. Um dos relatos conta que o bancário simplesmente se recusou a sair da empresa sem se despedir dos colegas e teve que passar pela situação vexatoria de ser escoltado até a saída. Contam que sequer gerentes demitidos por suspeita de fraude bancária passam por tratamento igual. Isso tudo é feito como forma de intimidar e desmoralizar os que ficam e impedir qualquer tipo de organização na base.

Frente a isso o sindicato permanece inerte. Nesse mês de Setembro distribuiram um boletim em que comemoram o insuficiente reajuste dos salários como uma grande conquista, enquanto nos locais de trabalho a situação dos bancários é essa que relatos. Basta de imobilismo. É mais do que urgente iniciar uma ampla campanha, atos e mobilizações para enfrentar a direção de um banco que lucra bilhões e trata seus trabalhadores dessa forma




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