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Todos os tons da direita | Bolsonaro, Kelmon, D’Ávila e o reacionarismo do debate na Globo

Ódio aos pobres, defesa de um Estado teocrático, privatização de tudo, o debate da Globo deu espaço para todos os tons de direita imagináveis, um verdadeiro deboche com a população trabalhadora que amarga desemprego e miséria.

sexta-feira 30 de setembro de 2022 | Edição do dia

Já era de se esperar um show de horrores reacionário num debate onde a Globo vetou a presença dos candidatos a presidente da esquerda, como Vera Lúcia do PSTU, Leonardo Péricles da UP e Sofia Manzano do PCB, mas convidou figuras asquerosas como o candidato fantasiado de padre, representante da mais odiosa ultra direita conservadora que odeia os setores oprimidos.

Os tantos tons de direita no debate serviram para tentar fazer Bolsonaro parecer moderado, mas o capitão não perdeu a oportunidade de começar atacando as mulheres e LGBTQIAP+ com sua falácia sobre ideologia de gênero. Bolsonaro também pode mostrar seu ódio ao trabalhadores quando mais uma vez desdenhou as centenas de milhares de mortes pela Covid e os dados da fome no país.

Pra abrir o leque de reacionarismo, Luiz Felipe D’Ávila, o candidato milionário do Novo, que não cansa de querer privatizar tudo, quando foi questionado sobre cotas raciais, não se deu nem mesmo ao trabalho de tocar no tema proposto, um racista descarado, que transforma tudo que toca em lucro pra sua classe.

Contando com padre sem igreja e candidata sem vice, representantes das alas da burguesia, até mesmo os que são insignificantes nas pesquisas, foram convidados pela Globo. Padre Kelmon (PTB) foi um capitulo a parte, e que pese os memes e os risos gerados, a Globo fica marcada como responsável por ter dado espaço para o mais baixo nível de defesa de um Estado teocrático em rede nacional.

Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil) desta vez mal tentaram se pintar com seu feminismo liberal, falaram orgulhosas dos latifundiários e de como são "super privatistas" como o milionário do Novo. Para o Ciro, mais uma vez se mostrou um coletor de votos para a extrema direita bolsonarista, como candidato burguês que é.

A Globo faz como a Band em seu debate e, em meio à retomada reacionária do tom golpista de Bolsonaro e da necessidade de derrotá-lo com a força da nossa classe. Isso deve ser feito sem conciliação com patrões e banqueiros, como fazem Lula e o PT junto com Alckmin e um setor graúdo do grande capital, que até ontem estavam com Bolsonaro e odeiam os trabalhadores, os negros, as mulheres e a juventude.

Um espetáculo asqueroso e reacionário da extrema direita e acordo por privatizações e reformas, enquanto Lula segue em seu compromisso com os patrões por não revogar nenhuma delas. Nosso caminho é unir os trabalhadores contra Bolsonaro e as reformas sem a direita!




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