Os próximos dias serão marcados pelo crescente apoio a paralisação nacional na Argentina, convocada para o dia 24 de janeiro, e esse apoio pretende alcançar uma larga escala internacional, com manifestações simbólicas em apoio a luta argentina marcadas em diversos países, inclusive Brasil.
sexta-feira 19 de janeiro | Edição do dia
Organizações políticas, sindicais, operarias e de esquerda na França, no Chile, México, Uruguai, Espanha, Holanda e outros países já anunciaram a adesão às manifestações de solidariedade ao povo argentino no dia 24, enquanto por lá estará acontecendo uma grande paralisação nacional contra os rápidos e duros ataques do governo de extrema direita de Milei e Bullrich.
No Brasil, organizações de esquerda, a CSP-Conlutas nacionalmente, e agora CUT e CTB também aderiram ao chamado em SP e Brasília, e estão convocando ações em diversas partes do país. Os atos em solidariedade estão sendo chamados para se concentrar nos consulados argentino em várias capitais brasileiras na próxima quarta-feira. Em São Paulo, às 17h, no Rio de Janeiro às 14h.
Marcelo Pablito, dirigente nacional do Movimento Revolucionário de Trabalhadores e diretor do SINTUSP, comentou sobre a importância da adesão a essa manifestação de solidariedade ativa também no Brasil:
“Aqui no Brasil vimos a conciliação de classes com nossos inimigos feita pelo PT e a esquerda institucional abrindo o caminho para um golpe institucional em 2016 e gerando um fortalecimento da extrema direita que resultou em 4 anos de governo Bolsonaro e diversos estados sendo governados por gente com Tarcísio de Freitas, Zema, Ratinho Junior e Ibaneis Rocha, que hoje atacam a população e os trabalhadores. Tarcísio é a expressão máxima disso. Na Argentina a conciliação do governo Fernandez/Kirchner também abriu espaço para a vitória de Milei, e como a as experiências e história da classe trabalhadora também é internacional, na Argentina a esquerda radical da FIT-U, com os deputados revolucionários do PTS na ponta de lança estiveram lado a lado com as mobilizações espontâneas que logo surgiram e pressionaram para que tivesse esse chamado de paralisação nacional das centrais sindicais, e agora exigem que essa greve geral seja só o início de um plano de lutas para enfrentar Milei, seu governo, ataques e reacionarismo. É com essa disposição de luta que se enfrenta a extrema direita e temos orgulho da atuação do PTS que mesmo tendo seus referentes deputados Myriam Bregman e Nicolas del Caño ameaçados de morte pelos apoiadores de Milei seguem firmes em convocar e levar para as ruas o enfrentamento. Apoiar aqui o dia 24 argentino é uma tarefa de todos aqueles que querem derrotar a extrema direita aqui no Brasil também. Nós do MRT, Juventude Faísca e outros partidos da esquerda e sindicatos saímos com a convocatória do ato de apoio em SP e RJ, e que também acontecerão em outras capitais. A CUT e a CTB atenderam ao chamado em Brasília e SP vão aderir aos atos. É muito importante que as grandes centrais sindicais, sindicatos e partidos de esquerda se coloquem agora para construir esses atos em solidariedade aos argentinos nacionalmente para que seja um dia marcado por essas ações.”
A convocação dessa paralisação nacional na Argentina, aconteceu depois da forte pressão às direções sindicais do país, feita pela esquerda radical como a FIT-U, o PTS, seus parlamentares e diversos setores da população no final do ano passado depois da mobilização nas ruas que se enfrentou com graves ameaças de repressão por parte do governo.
O ajuste e as medidas anunciadas por Milei e seus ministros colocarão milhões de pessoas na pobreza e aumentarão a já crítica situação que nem mesmo a grande mídia nacional e internacional conseguem negar e esconder, além disso virão para beneficiar mais uma vez empresários, banqueiros e o capital internacional.
Em São Paulo o ato conta com o apoio de uma série de organizações, entre elas Movimento Revolucionário de Trabalhadores – MRT, CSP-Conlutas, CUT, CTB, PSTU, MES/PSOL, Juntos!, PCB-RR, UJS, Resistência/PSOL, UNE, UEE, SINTUSP, Comitê Contra a Privatização da CPTM, Apeoesp Santo André, além disso, outros sindicatos e organizações seguem aderindo ao chamado.
O Esquerda Diário seguirá atualizando as convocatórias dos atos de apoio e fazendo uma larga cobertura do 24J na Argentina de Greve Geral para que todos possam aderir a essa iniciativa e acompanhar todas as noticias e apoios nacional e internacionalmente.
Fazemos um chamado a todes que se colocam no enfrentamento contra a extrema direita a se somarem na importante ação de apoio aos trabalhadores argentinos contra Milei, para fortalecer o terreno da luta também aqui no Brasil, em especial São Paulo, que segue enfrentando as privatizações e ataques de Tarcísio de Freitas.
