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GREVE UNIFESP | Apagão, falta de comida e precarização: estudantes da UNIFESP Diadema votam pela greve

Apagões, alimentação precária e falta de políticas de permanência estudantil levam os estudantes da UNIFESP a convocar uma assembleia geral e 950 alunos do campus votam pela paralisação até a próxima terça-feira (28). Também foi votado um indicativo de greve para o início de 2024

quinta-feira 23 de novembro de 2023 | Edição do dia

Um dos maiores problemas levantados é em relação ao fornecimento de energia elétrica, segundo a comunidade estudantil, as quedas de energia são recorrentes o que tem feito com que as aulas sejam canceladas, além de prejudicar outros serviços como o funcionamento do “bandejão”, que também tem sido alvo de críticas.

Além da falta de energia, estudantes relataram que a alimentação fornecida pelo restaurante universitário não é suficiente para contemplar a todos. Nos horários de almoço, por exemplo, a comida tem acabado antes de todos conseguirem comer. Alunos relataram encontrar insetos na comida e dizem que esses problemas já ocorrem há um ano. Também relatam que o transporte público interno da universidade apresenta manutenção precária e falta de ônibus na frota, o que provoca superlotação.

A permanência dos estudantes na universidade também tem sido um problema; os estudantes alegam que o valor máximo pago mensalmente aos universitários é de R$ 760 por pessoa, o que é absolutamente insuficiente para manter necessidades mínimas, além de haverem estudantes que há muito solicitaram o auxílio mas ainda não receberam. Tais fatores levam à evasão dos estudantes de renda mais baixa e consequentemente contribuem para reforçar uma universidade pública excludente com a classe trabalhadora.

A política orçamentária do governo Lula-Alckmin é a primeira responsável, o arcabouço fiscal e a má gestão orçamentária do MEC, somado à falta de interesse no investimento em pesquisa e educação superior só intensificam a precarização da educação que vai desde o ensino primário em escolas desestruturadas com professores mal pagos até universidades públicas de “excelência” onde se encontram larvas na comida.

Em SP onde governa o bolsonarista Tarcísio de Freitas, a situação se agrava. Não é nenhuma novidade que o serviço de fornecimento de energia em SP piorou drasticamente após a privatização. Recentemente vimos apagões em algumas regiões da cidade que chegaram a durar 6 dias, deixando trabalhadores e estudantes de todas as idades desamparados diante de uma crise energética sem precedentes causada também por problemas ambientais. Em meio a essa crise, o governo Tarcísio de Freitas está numa cruzada pela privatização do Metrô, SABESP e CPTM. Os problemas na UNIFESP campus Diadema são mais um reflexo dessa política atroz de sucateamento dos serviços públicos, precarização da educação básica e superior, provocada por uma coalizão entre governos estaduais e o governo federal que tem um compromisso neoliberal com o empresariado.

Enel e a farsa das privatizações

No dia 28/11, SABESP, CPTM, METRÔ, Professores estaduais, e outros setores de trabalhadores irão parar SP em um grande ato para enfrentar Tarcísio e fazê-lo recuar nas terceirizações, privatizações e na perseguição aos lutadores que foram demitidos do Metrô. É fundamental a união dos estudantes e trabalhadores nessa luta contra as punições aos grevistas e por um programa em defesa de serviços 100% estatais, gratuitos e de qualidade, com controle dos trabalhadores e da população.

Leia a Declaração do Movimento Nossa Classe




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