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GREVE NA UNICAMP | 6 motivos do porque a reitoria também é responsável pelos ataques da extrema direita na Unicamp

Texto originalmente publicado no Twitter por Juliana Begiato, da juventude Faísca Revolucionária.

Juliana Begiatoestudante de Ciências Sociais da UNICAMP

quinta-feira 5 de outubro de 2023 | Edição do dia

1) Que o Leão é um bolsonarista e racista é um fato (asqueroso). Mas temos que dizer que há uma série de políticas repressivas da reitoria no interior da universidade que incentiva ações violentas contra o movimento estudantil. Por exemplo: a iniciativa de Tom Zé de inquérito policial contra estudantes neste ano, além do legado de perseguição aos lutadores das reitorias (como a greve de 2016).

2) Não bastasse esse histórico, o primeiro discurso da reitoria quando um professor atacou com uma FACA foi IGUALAR essa ação à luta legítima (e necessária) contra a precarização da universidade.

3) E por quê? Porque Tom Zé quer deslegitimar nossas lutas por acesso à educação e cultura, a partir de uma estrutura de poder que é completamente antidemocrática: a maioria não se expressa. Nós, estudantes e trabalhadores, somos maioria na universidade e não decidimos nada. Assim a reitoria e o CONSU garantem uma universidade sem cotas trans e PCD’s, com vestibular, com prédios caindo aos pedaços, sem teatro, com terceirização, com ponto eletrônico, sem contratação de professores e sem bandejão aos fins de semana.

4) Mas nossa luta para responder Rafael Leão à altura e todos os autoritários da Unicamp pode impor um processo democrático de debate de Estatuto, uma Estatuinte, Livre e Soberana, com a dissolução da reitoria e o CONSU, para que se decida sobre tudo na Unicamp, inclusive para onde vão os 2 bilhões que se tem em caixa. A universidade deveria ser governada por estudantes, professores e trabalhadores de acordo com seu peso real.

5) E estamos mais fortes se nossa luta se unifica com a USP de fato, para fazer Tarcísio e as reitorias tremerem, como um grande exemplo nacional. É assim que se enfrenta o bolsonarismo e todos os ataques, como fizeram os trabalhadores do Metrô, Sabesp e CPTM ontem, e não dando Ministério para o Republicanos ou PP, como faz a frente ampla que abre espaço para as privatizações com o arcabouço fiscal.

6) A universidade "de excelência" dos rankings é a universidade da precarização e perseguição, por mais que Tom Zé tente esconder. Nós vamos arrancar uma universidade a serviço da classe trabalhadora e do povo pobre e oprimido.




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