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Dia do estudante | 11A: abaixo os cortes de Lula-Alckmin, por um plano de lutas contra o NEM e o Arcabouço Fiscal!

O recente corte bilionário do governo Lula-Alckmin no orçamento, que afeta centralmente educação e saúde, reafirma a necessidade de que o movimento estudantil se coloque em cena de maneira independente para lutar contra os ataques. É urgente a construção pela base de um plano de lutas para, ao lado dos trabalhadores, reverter os cortes na educação, barrar o arcabouço fiscal e defender a revogação do Novo Ensino Médio!

Virgínia GuitzelTravesti, trabalhadora da educação e estudante da UFABC

Giovana PozziEstudante de história na UFRGS

terça-feira 1º de agosto de 2023 | Edição do dia

A cartilha neoliberal de ataques vem sendo seguida à risca pelo governo de frente ampla Lula-Alckmin. Nesses oito meses de governo, as reformas reacionárias que passaram desde o golpe de 2016, e particularmente nos últimos duros anos de bolsonarismo, permanecem intactas: da reforma da previdência e trabalhista à reforma do ensino médio - que, mesmo com a demonstração de vasta indignação dos estudantes e professores, segue sem revogação. E mais do que apenas garantir os ataques que a burguesia conquistou, o governo vem sendo agente direto de políticas neoliberais, como é o arcabouço fiscal, um novo teto de gastos que irá significar mais ajustes em cima dos trabalhadores e da juventude. Agora, na última semana, Lula aprovou um novo bloqueio de orçamento bilionário que vai representar R$ 452 milhões a menos para a saúde e R$ 333 milhões de cortes a mais na educação, sem contar outras pastas que tiveram verba bloqueada, como a do Meio Ambiente. Paulo Guedes dorme tranquilo com essas notícias enquanto a juventude trabalhadora é expulsa das universidades por falta de permanência e a enfermagem segue sem o piso salarial garantido.

É em meio a esse emaranhado de ataques e profunda crise da educação pública que irá ocorrer o próximo dia do estudante em 11 de agosto, uma data que pode ser um ponto de apoio para organizar uma forte luta estudantil contra os ataques, em unidade com os trabalhadores. Para isso, precisaremos desde já nos organizar em cada local de estudo com assembleias convocadas pela base, em cada sala de aula, para exigir que a UNE construa uma mobilização independente e pela base, pois se depender da burocrática direção majoritária (UJS, PT e Levante Popular da Juventude), o 11 de agosto será apenas mais uma data formal e não construída. Tudo para garantir que o movimento estudantil permaneça a reboque do governo e das instituições do regime, como vimos no recente 59º Congresso da UNE, onde não se debateu sobre os ataques em curso e muito menos a construção de um plano de lutas. Mesmo reunindo milhares de estudantes do país inteiro, neste CONUNE o que vimos foi apenas um grande palanque sendo organizado para o governo e aos golpistas de primeira ordem, como o reacionário ministro Luís Roberto Barroso, um convite escrúpulo que só não passou batido devido à forte atuação que nós da Juventude Faísca Revolucionária tivemos em rechaço a essa política de conciliação.

Por isso, segue urgente a construção de um plano de lutas capaz de derrotar o arcabouço fiscal, revogar o Novo Ensino Médio e reverter todo acúmulo de cortes bilionários na educação pública dos últimos 9 anos. Chamamos todos estudantes e organizações que se colocam contra esses ataques para articularmos desde as bases em cada universidade do país uma exigência à UNE pela construção de um plano de lutas. Um plano assim deveria ser construído através de assembleias com voz e voto para todes, onde possamos discutir democraticamente como organizar nossa indignação e qual melhor caminho seguir para reverter todos ataques. Esse é o caminho para construirmos um forte 11 de agosto que sirva de fato como um pontapé para erguer uma forte luta estudantil e que também se alie às greves de trabalhadores em curso, como da enfermagem no RJ e da saúde no RN, e dos trabalhadores do transporte em Recife. Nós da Faísca Revolucionária estaremos travando essas discussões nas universidades de norte a sul do país, como parte da nossa batalha para fundar uma nova tradição no movimento estudantil, com total independência política em relação ao governo, ao regime político, e também às reitorias, para poder lutar contra os ataques a partir de uma perspectiva comunista e revolucionária.




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