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HOMOFOBIA
“O homossexualismo é um pecado e não é natural”, diz Marcelo Crivella em entrevista para Jô Soares
Redação Rio de Janeiro

Em 2010, em entrevista para o Jô Soares que é possível ver ao final da matéria, o atual candidato à prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, disse que “o homossexualismo é um pecado e não é natural”.

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A discussão foi feita por conta da proposta aprovada na época na câmara de criminalizar a homofobia. Crivella se colocou contrário a proposta, dizendo que era algo “antidemocrático”: “o que a lei da homofobia quer é transformar em crime de opinião quem criticar o homossexualismo”.

Como se não bastasse utilizar um termo homofóbico por si só (‘homossexualismo’ remete a ideia de doença por conta do sufixo -ismo. O correto seria utilizar o termo ‘homossexualidade’, cujo sufixo -ade expressa a ideia de estado ou situação), o bispo da Universal nega um dos princípios básicos da democracia que tem a ver com a liberdade individual de cada um. No momento em que a sua ‘opinião’ nega a liberdade de orientação sexual dos indivíduos, sua ‘liberdade de opinião’ fere a liberdade alheia, tornando-se liberdade de opressão e não de expressão.

Em um país onde jovens homossexuais são assassinados e agredidos cotidianamente única e exclusivamente pelo fato de serem homossexuais, ‘opiniões’ como essas se tornam violências acumuladas. Palavras se tornam ações violentas. Por isso tornar a escolha sexual de cada um um ‘pecado’ e algo ‘não natural’ atesta de acordo com a violência sistemática que uma grande camada da população carioca, e brasileira como um todo, sofre todos os dias em casa, nas escolas, nas ruas…

Mais a frente a sua homofobia continuou. Disse que “o homossexualismo não é uma coisa que as pessoas nasce, pode ser uma tendência, como as pessoas tem tendência à violência”. Aqui o absurdo chega a níveis escandalosos, querendo comparar a opção sexual de cada um com um tendência a violência é incabível. O candidato a prefeito se cala diante de toda a violência que a população LGBT sofre todos os dias. Dados como os apresentados aqui, que ainda assim não correspondem à totalidade dos crimes cometidos contra LGBT’s, mostram como apenas em 214 a violência homofóbica assassinou mais de 200 pessoas no país apenas em 2014. A maioria são jovens.

Não a toa agora Crivella busca o apoio de partidos de extrema direita para o segundo turno, nomeadamente homofóbicos, como o PSC de Bolsonaro, caindo por terra todo o seu discurso contra o “ficha suja” como denunciamos aqui.

Veja o video abaixo.

 
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