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ELEIÇÕES 2016
Golpe é golpe, coligação na prefeitura é outra história
Guilherme de Almeida Soares
São Paulo

Uma breve e primeira análise das estatísticas de coligações dos grandes partidos da ordem no país.

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Imagem: Infografia do O Globo

Dos 16 mil candidatos a prefeito no Brasil, 13 mil tem apoio de outros partidos. Vendo todas as coligações nos mais 5,5 mil municípios, podemos analisar um emaranhado de ligações de todos com todos, mas também com alguns padrões. O PMDB, por exemplo, lançou não apenas mais candidatos, assim como buscou mais apoio. O PT é quem mais participa das coligações lideradas pelo PMDB.

Apesar de ter rompido com o PMDB no plano federal, o PT está presente em 648 coligações de candidatos peemedebista. Além do PT, o PMDB está coligado com DEM, PSDB, PV, Rede, PP, PPL, PCdoB, SD, PSC, PR, PRP, PMN, PROS, PHS, PSDC, PMB, PSS, e entre outros partidos menores. Por sua vez, o PT apresenta uma taxa de 77% de coligações, ou seja, 768 candidatos destes partidos concorrem com a ajuda de outra legenda.

Nas coligações dos candidatos do PT, o PCdoB está presente em 37% vezes. O PDT, segunda maior relação, em 28% vezes. Além destes dois partidos, o PT chegou a se coligar para estas eleições com o PSDB, DEM, SD, PV, PSC, Rede, PPS, PSD, PTC, PROS, PMB, PMDB, PRB e entre outros partidos menores.

O PSD é o terceiro maior partido maior em número de candidato a prefeito: Dos mais 1,3 mil candidatos, 95% candidatos estão coligados. Entre as coligações do PSD, a maior presença é do PSDB (32%), seguindo por PP e DEM. O PSD também fez coligação com PT, PMDB, PV, PCdoB, Rede, Solidariedade, PTB, PDT, PSB e entre outros partidos menores.

Já o PSDB apresenta a maior taxa de candidatos coligados: 95,6%. São mais de 1,6 mil candidatos concorrendo ao cargo de prefeito no país. O DEM é quem mais aparece nas coligações com o PSDB. Em seguida vem o PSD e o PP. Além destes partidos, o PSDB também fez coligações com o PMDB, PT, SD, PSC, PTN, PV, REDE, PPL e entre outros partidos menores.

O que estas alianças representam

Estas alianças que estamos acostumados a ver em época de período eleitoral representa nada mais do que os setores da burguesia fazendo seus acordos para poder conquistar uma maior parcela dentro do Estado, para assim conseguir uma maior fatia nos ataques contra os trabalhadores e setores populares da sociedade. Apesar da crise econômica e política ter mostrado os rachas que existem dentro da burguesia, o fato que estas alianças significam de um lado uma busca por uma ‘’unidade burguesa’’ – ainda que está unidade seja cada vez mais frágil – para ter força para aplicar os ajustes. Por outro lado, também mostra a “unidade” para correr ao pote das contas públicas.

Para atacar os trabalhadores e demais setores populares da sociedade, os partidos dos grandes empresários e dos banqueiros são capazes de fazer acordos e negociatas totalmente espúrias. Estas negociatas que os partidos da ordem fazem em época eleitoral de um lado, são responsáveis para a nomeação de funcionários em cargos importantes e também por de esquemas de corrupções.

Outro dado das coligações, um PT preocupado com seus negócios mais do que em combater os golpistas

De outro lado, o PT continua fazendo suas alianças com os partidos golpistas. Como já havíamos denunciado aqui faz tempo, o PT não lutou contra o golpe porque a sua postura é de mostrar uma alternativa palatável para os grandes empresários e banqueiros. Essas alianças que o PT tem costume de fazer só vão permitir o fortalecimento desta direita golpista dentro do Estado Brasileiro.

Neste sentido os trabalhadores não podem ficar refém destes conchavos. Mais do que nunca é preciso um partido revolucionário dos trabalhadores para responder a crise politica e econômica que estamos vivendo. Neste sentido, é preciso exigir que a CUT e a CTB rompam com a sua paralisia e coloque um programa que consiga barrar as demissões, os cortes e os ataques aos direitos sociais e trabalhistas, mas também contra a impunidade.

 
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