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EACH USP LESTE
Basta de Racismo na Universidade!
Lourival Aguiar Mahin
São Paulo

Em meio a discussão da ampliação de cotas na universidade, banheiros da EACH aparecem pichados com ofensas racistas.

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Nesta quinta-feira foram encontrados em um banheiro feminino do segundo andar da EACH (USP LESTE) ofensas racista, contra as mulheres negras em especial, disseminando o ódio e a intolerância racial. Nas portas do banheiro podem ser lidas as seguintes frases:

"Preto tem que morrer"
"Preto é escravo"
"Buceta de preta fede"
"Quanto tempo uma preta demora para cagar? Nove meses"

Absurdos como esse, infelizmente, tem sido cada vez mais corriqueiros nos últimos meses, tanto nas universidades quanto fora delas: recentemente dizeres parecidos apareceram em um banheiro utilizado por funcionários da manutenção do metrô de São Paulo, alunos foram expulsos de uma sala de aula na FEA enquanto reivindicavam espaço para falar sobre a politica de cotas na USP e um professor na pós-graduação da USP, após defender que os negros eram biologicamente inferiores cognitivamente, recebeu uma intervenção do coletivo de alunos negros da USP e respondeu, em inglês que era seu idioma, que se os alunos não falassem com ele em seu idioma, deveriam se retirar da sala,em clara demonstração de racismo ao subestimar os alunos negros, que para ele não saberiam falar inglês.

A discussão por cotas nas universidades está em destaque neste momento, principalmente com o ato marcado para o próxima dia 13/05, que irá do Largo da Batata até a USP Butantã, que tem como pauta principal o debate por cotas na universidade, além de educação de qualidade e em apoio a greve dos professoresdo Estado de São Paulo, em greve a cerca de 60 dias.

Nesta sexta-feira foi realizada reunião aberta do Coletivo de Negras e Negros da EACH, com cerca de 30 alunos, aonde este tema foi debatido e na qual foram tiradas algumas medidas, entre elas entrar em contato com o CDDDH da EACH, que se colocou a disposição para levar a diante está denuncia, e pressionar o comitê universitário da unidade a assinar a reivindicação de cotas na EACH. Durante a reunião os integrantes foram informados que mais uma ofensa racista havia aparecido pichada em um banheiro da EACH: a palavra "macaco" havia sido colocada novamente na parede de um banheiro, agora masculino. Aonde isso irá parar?

Esta reunião conseguiu reunir pequenas iniciativas que devem ser tomadas para que nunca mais atitudes como essas sejam naturalizadas, mas, imfelizmente, essas medidas são insuficientes. Os negros, trabalhadores e estudantes, tem que se organizar em seus locais para que coisas como essas sejam efetivamente respondidas e que haja um real combate ao racismo. Devemos, juntos, lutar por cotas proporcionais nas universidades, que levem em conta a quantidade de negros por estado para determinar suas cotas, estatização das universidade privadas, para garantir que existam vagas para todos os alunos e o fim do "filtro social" que é o vestibular, alem de uma educação básica de qualidade, nas quais os filhos da classe trabalhadora possam receber uma educação digna, que lhes preparem para, além do acesso às cadeiras do ensino superior, para a vida.

#Bastaderacismonauniversidade
#negrosdevemviver
#avidadosnegrosimporta

 
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