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LUTA CONTRA O GOLPE
Atos tomam o país: juventude nas ruas mostra que quer resistir ao golpe
Isabel Inês
São Paulo

Na noite dessa quarta-feira histórica espalharam-se atos contra o governo golpista Temer pelo país. Em cerca de 15 estados ocorreram atos com milhares de manifestantes. Nos atos foi possível sentir um gosto de “Junho”, com grande peso de juventude, denunciando o golpe e mostrando uma força política potencial que está disposta a lutar contra o governo golpista e suas medidas de ajustes, sendo duramente reprimidos pela polícia, principalmente em São Paulo.

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Ocorreram atos na Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo. Também realizaram-se pequenas manifestações pró-Temer em Alagoas, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo. Nesta última capital, o chamado ato pró-Temer foi um “comes e bebes” com direito a champanhe para regar a comemoração dos golpistas e, claro, sem nenhuma repressão.

Esses atos mostraram o espírito renovado da juventude que rapidamente respondeu ao golpe, sendo que a principal consigna cantada foi “Fora Temer”,o que mostra o grande rechaço popular contra o governo golpista e a politização em torno do golpe. Se para a burguesia a principal tarefa deste governo será “pacificar o congresso” para realizar as reformas mais esperadas, como da previdência, as privatizações, reforma trabalhista e reforma política, há também um fator fundamental a se colocar na balança, que são as manifestações populares.

Nos atos também houveram músicas e cartazes denunciando a violência policial. No sul o repúdio ao golpe também lembrou a luta contra o golpe de 1964, cantando "tortura, assassinato, não acabou 64". Em São Paulo e em Porto Alegre foi onde ocorreu maior repressão da polícia, sendo que na capital paulista a polícia seguiu perseguindo os manifestantes por horas, usando muitas bombas de gás e jatos d’água. Contudo a manifestação seguiu apesar da repressão, resistindo em pequenos atos. No sul os manifestantes expressaram sua raiva contra a sede do PMDB.

Evidentemente entre os milhares de manifestantes presentes haviam apoiadores do governo Dilma, e organizações domo UJS e UNE, que pediam o "volta Dilma". Apesar das diferenças regionais em torno do peso do petismo nos atos, é certo o maior peso da juventude na composição dos atos. Um setor que não tem vínculos históricos com o PT, mas também que viu este partido ser governo, e os ataques que fez com cortes na educação, precarização do trabalho e outros.

A cobertura da mídia seguiu a linha dos seus pupilos no congresso. Pela manhã o editorial do jornal Estadão já indicava a linha repressiva, chamando a dar um basta nas manifestações. A noite foi a concretização com cheiro de pólvora dessa linha, enquanto se repetia nos jornais na TV que os manifestantes, com cartazes e desarmados, haviam iniciado tumulto contra os policiais, que revidaram com bomba de gás, de efeito moral e com o caminhão da tropa de choque.

Apesar do giro à direita na superestrutura, os atos que ocorreram nessa noite tem a potencialidade de se desenvolver como uma força independente de resistência. Já mais experimentadas do que em Junho de 2013, pós ocupações de escolas e em meio a uma crise política profunda onde o inimigo se mostra mais claro, dentro do parlamento, sendo parte de sustentação e integrante deste sistema de subornos e corrupção, que pós golpe quer aprofundar os ataques que o PT, que governava em Junho, vinha fazendo, essa juventude indica uma saída à esquerda para a crise de representatividade no país.

O certo é que a história está passando pelas janelas e em cada veia dos manifestantes.

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