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DIREITA GOLPISTA
Líder do PSDB, Cássio Cunha, cassado pelo TSE quer ser paladino da moral
Isabel Inês
São Paulo

Nessa segunda feira, no julgamento de Dilma Rousseff (PT) no Senado, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) fez discurso enérgico e hipocritamente moralista, contra a presidente afastada. Se durante a primeira votação do impeachment, dia 17 de Abril, vimos um show de horrores com todos discursos homofóbicos, racista e anti-esquerda e trabalhadores, nessa ultima seção vemos o show da hipocrisia, moralismo e demagogia da direita.

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Um dos principais entusiastas do golpe institucional, o líder do PSDB da Paraíba fez discurso acalorado contra a corrupção e defendendo o golpe de forma demagógica, nessa segundo feira, no show de hipocrisia e mentiras que vemos no senado, o tucano é exemplo.

O político já teve seu cargo cassado em 2008. Ele era na época governador e por unanimidade o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) cassou seu mandado por uso indevido de dinheiro público, leia-se desvio de verbas públicas que deveriam ir para a população, indo para o benefício próprio do atual “paladino da justiça”. Como se já não bastasse seu supersalário do ano passado de R$52 mil, a remuneração do parlamentar tucano ultrapassa o teto constitucional brasileiro de R$ 29.462,25, valor que é pago a um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Seu vice naquele momento, José Lacerda Neto (DEM), também foi cassado pela Justiça, sendo este do mesmo partido do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), também suposto defensor da democracia, mas que tem relações espúrias com seu tio Antônio Ramos Caiado Filho, pecuarista que está na relação chamada “lista suja”, com acusação de prática de trabalho escravo.

Contudo a justiça só atua contra os interesses dos trabalhadores, e não desses políticos profissionais e patronais, Cássio Cunha conseguiu se reeleger, mesmo reconhecido pelo Ficha Suja em 2010, por conta de uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de só aplicar a nova Lei da Ficha Limpa a partir das eleições de 2012, uma vez que se essa lei fosse aplicada em 2010, não só ele, mas diversos outros políticos poderiam correr o risco de nem poderem se candidatar. Não por acaso a lei foi adiada.

Há outras denúncias de na justiça contra Cunha Lima, o líder do PSDB é réu na Operação Concord, da Polícia Federal, que apura esquemas de desvios de recursos e lavagem de dinheiro. Há desvios de recursos e lavagem de dinheiro em sua campanha eleitoral de 2006, contudo o processo também esta parado na justiça. Esta tendenciosamente lenta nesses casos, mas não nos milhares de negros e jovens presos sem prova como é o caso de quase 40% da população carcerária do país.

Não só a justiça tem “seus lados”, mas também a mídia, que escolhe não colocar a público esses fatos contra o tucano, ao contrário cobre suas aparições publicas e discurso, sempre falando contra a corrupção e pelo impeachment. Mais um exemplo da blindagem da mídia ao se tratar desse partido.

Lava Jato só para alguns

Recentemente a relatora do caso de Cássio, a ministra Rosa Weber, pediu providências ao juiz Sergio Moro sobre o processo: “Atribuo ao Juiz Federal Sergio Fernando Moro, magistrado instrutor, os poderes previstos no referido dispositivo, para doravante praticar os atos ali previstos e ordinatórios quanto ao trâmite deste inquérito”, disse Rosa Weber.

Aparentemente esse pedido foi parar na boca dos ratos da sala de Moro, ou ao menos na sala das mídias, uma vez que não houve nenhum áudio “vazado” nem nenhum escândalo “capa de jornal” falando do tucano. O diferente tratamento do processo da Lava Jato até agora, que vem privilegiando o PSDB, mostra seu caráter arbitrário, que atende a interesses políticos, privatistas e do capital internacional, que até agora vem privilegiando os neoliberais de direita do PSDB.

Diga-me o que defende, que te direi quem é

Provas mais não faltariam para provar a hipocrisia do senador, contudo independente das centenas de provas que é possível ter, não só dele, mas da grande maioria, se não todos parlamentares, que são sujeitos ativos desse regime de corrupção e suborno, e que no caso também foi o PT que fortaleceu e se aliou. A sua defesa do impeachment tem um conteúdo político profundo, como pode ser democrático um processo que vai contra milhões do votos da população?

E mais, não faltam noticias que mostram como o golpe institucional veio para abrir espaço para mais ataques, que os já feitos pelo PT. É a contra-reforma da previdência, os cortes, o espaço que os projetos de leis reacionários vem ganhando, como o “Escola sem Partido” entre outros. Assim a direita aproveita o momento para também fazer seu palanque reacionário e usar de um populismo para falar de trabalhador e das ruas, enquanto prepara seus ataques.

 
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