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GOLPE INSTITUCIONAL NO SENADO
Ronaldo Caiado: fala em democracia, mas possui trabalhado escravo em suas fazendas
Virgílio Grasso
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O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), que enche a boca no Senado para falar de respeito à democracia às portas do golpe institucional, é sobrinho do pecuarista Antônio Ramos Caiado Filho, que está na relação chamada “lista suja”, com empregadores flagrados por prática de trabalho escravo pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Antônio Ramos Caiado Filho foi considerado responsável por submeter trabalhadores a condições degradantes análogas à escravidão, na produção de carvão em sua fazenda em Nova Crixás, localizada a 400 km de Goiânia, um dos redutos eleitorais da família. Os trabalhadores resgatados pelo MTE afirmam que foram “obrigados a cumprir jornadas de até 19 horas seguidas, das 2h às 21h”.

Os operários carvoeiros trabalhavam na fazenda há cerca de um ano quando a equipe de fiscais do MTE, chegou ao local, em abril de 2013. Foi constatado que os trabalhadores produziam carvão vegetal em 12 fornos, sem equipamento de proteção como máscaras ou luvas, vestindo chinelos e bermudas, em contato direto com o pó e a fumaça produzida pela queima do carvão.

Segundo relatório produzido pelo MTE, os trabalhadores, que também residiam no local, eram alojados em condições precárias dormindo em camas improvisadas e “cobertores imundos”. Os barracos, usados como moradia, eram construídos com placas de cimento e telhas de amianto, localizados próximos às carvoarias: “situação que somada ao forte calor da região (36º C) e à falta de ventilação dos locais, deixava quase insuportável a permanência dos trabalhadores”.

Uma das vítimas afirmou que trabalhava “das 2h às 21h e ainda acordava algumas vezes durante a noite para corrigir os fornos”. Na fazenda também são criadas 2.500 cabeças de boi ao longo de 6.400 hectares ­– o equivalente a 15 mil campos de futebol.

Em 2010, 26 trabalhadores foram resgatados em fazenda de propriedade de Emival Ramos Caiado, primo do deputado e irmão de Antônio. O parlamentar, foi um dos 29 deputados que votaram contra a PEC do Trabalho Escravo em 2012, e tem se pronunciado em favor da mudança da definição de escravidão contemporânea na lei brasileira. Hoje, este crime está previsto no Artigo 149 do Código Penal, que inclui a caracterização de escravidão por condições degradantes e jornadas exaustivas.

Estas são as credenciais deste "democrata" que é Caiado, direitista da mais podre natureza, golpista e aliado de Temer na destruição dos direitos básicos dos trabalhadores, usando o exemplo de sua família em Goiás.

 
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