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TURQUIA
Hande Kader, ativista trans, queimada em Istambul
Comitê de Redação - Révolution Permanente

Tinha 22 anos. Era militante pelos direitos das pessoas LGBTI e era prostituta. Vista pela última vez há uma semana entrando no carro de um cliente, seu corpo mutilado e queimado foi identificado na quinta-feira (18).

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Esta atrocidade se inscreve na continuidade de uma série de crimes de ódio contra as pessoas LGBTI na Turquia, como a decapitação nas ruas de Istambul de um refugiado sírio homossexual, que tinha sido estuprado e mutilado semanas atrás.

Uma heroína da Marcha do Orgulho na Turquia

Em 2015 Erdogan decretou a proibição da manifestação do Orgulho horas antes do início da marcha, que estava programada há meses. A repressão marcou o decorrer da manifestação, utilizando inclusive canhões de água e balas de borracha.

Hande Kader, presente nos violentos enfrentamentos, se colocou entre a polícia e os manifestantes. Jogou um sapato como símbolo de protesto contra um veículo da polícia e foi respondida com uma chuva de balas de borracha. Este gesto tornou-se emblemático para a comunidade LGBTI turca.

Os manifestantes se mobilizaram e divulgaram as imagens da terrível repressão por meio das redes sociais e alguns meios de comunicação. Hoje, depois do golpe de estado militar, o governo de Erdogan não vacila em fazer expurgos no país, incluindo nos órgãos de imprensa. Enquanto isso, a comunidade LGBTI não parou de se fazer ouvir e demandar justiça.

Sofrimento invisível

Segundo Bianet, uma mídia independiente turca, 1993 pessoas trans foram assassinadas na Turquia desde 2008. Linkamos aqui um artigo do Bianet (em inglês) muito completo sobre a situação das pessoas trans na Turquia, explicando a inação das forças da ordem (e sua cumplicidade), as injustiças institucionais e as tragédias sociais da transfobia.

Lágrimas e raiva: #HandeKaderSesVer

É a hashtag lançada pelos apoiadores devastados e furiosos de Hande Kader. Para lembrar lo que ela fez e as lutas que defendeu durante seus valentes 22 anos. Para “dar voz” a seu combate, e para que, todo o mundo, nós, “respondamos” a seu chamado. Para fazer frente à LGBTIfobia e para que este crime de ódio seja o último. Para que hoje, entre as lágrimas e a raiva, mais do que nunca, depois dos gritos de desespero dizer bem alto: #TransLivesMatter (as vidas trans importam).

 
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