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PETISMO
Enquanto a CUT fala em greve geral, o PT continua seus acordos com a direita golpista
Guilherme de Almeida Soares
São Paulo

Durante a audiência pública na capital paulista nesta quinta feira as diferentes centrais sindicais discutiram as mudanças que o governo golpista de Michel Temer quer fazer nos direitos dos trabalhadores. O Petismo abandona a luta e busca acordos.

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Durante a audiência pública na capital paulista nesta quinta feira, a CUT e as centrais sindicais CTB, CSP-Conlutas, Intersindical, UST, Força Sindical, UGT, CGTB e Nova Central discutiram as mudanças que o governo golpista de Michel Temer quer fazer nos direitos dos trabalhadores. O encontro convocado pela Comissão de Direitos Humanos do Senado, presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS), que já percorreu todo o Brasil e agora promove encontros regionais, dirigentes e especialistas trataram de temas como ataques à Previdência, terceirização, negociado sobre legislado e trabalho escravo.

Douglas Izzo, presidente da CUT São Paulo disse que não há alternativa a não ser a construção de uma greve geral unificada. De acordo com o presidente da CUT Paulista "A nossa unidade é fundamental para que possamos fazer o enfrentamento. Diante de tudo o que está colocado, não resta outra a alternativa a não ser construir, por meio de plenárias e assembleias, uma grande greve geral para dar resposta aqueles que querem tirar os nossos direitos’’.

A crise econômica capitalista está impondo um cenário muito desfavorável para os trabalhadores. Frente ao cenário de 12 milhões de desempregados e o medo de qualquer trabalhador virar parte desta estatística, os direitos que vão ser arrancados pelo o governo golpista de Michel Temer e os cortes que estão sendo anunciados, é claro que existe uma insatisfação mais do que legítima de amplos setores de massa.

Esta insatisfação frente à situação nacional pressiona a CUT a dar uma resposta para a sua base, que esta afoita querendo responder a crise econômica e política que o país esta vivendo. Porém o chamado de construir uma grande greve geral da CUT não passa de mera demagogia, pois ao contrário do que diz Douglas Izzo, esta central sindical não está construindo nas fabricas, e demais lugares de trabalho, assembleias e plenárias de base para travar uma verdadeira batalha contra o governo golpista de Temer.

Mesmo depois do golpe institucional, a CUT continua com a sua política consciente de sufocar toda luta operária que acontece, cumprindo o papel de desmobilizar e desmoralizar os trabalhadores. Quem conhece a prática desta central sindical, tem consciência de que não estão dispostos a construir esta greve geral, como mostrou na reunião de Representante Escolar da Sub – sede Santana da APEOESP, quando a Articulação Sindical negou-se a construir o dia 16.

O motivo da CUT não estar disposta a construir a greve geral é porque o PT tem mais medo da luta de classes, do que os golpistas. Até agora, a estratégia de Lula para poder reverter o processo de impeachment foi fazer acordos com os partidos de direita e isto é um os motivos que está fazendo o partido retroceder até mesmo na sua política oportunista de tentar canalizar os atos contra a direita para defender o mandato de Dilma.

O PT junto com os partidos golpistas são partes importantes desta democracia do ajuste e do suborno. Antes do governo golpista de Temer, era o PT que estava na linha de frente para impor os ajustes e os cortes contra os trabalhadores e setores populares da sociedade. Qualquer luta efetiva contra os golpistas tem que se enfrentar com as medidas de ajuste que foram aplicadas e as que estão por vir. O PT não tem nenhum interesse em se enfrentar contra os golpistas, porque os trabalhadores terão que enfrentar contra as medidas de Temer, mas também terão que questionar as medidas de ajuste do ex-governo de Dilma e isso coloca em risco qualquer perspectiva futura de se mostrar novamente aos empresários como uma alternativa segura.

Motivos não sobram para os trabalhadores lutarem contra o governo golpista de Michel Temer e suas medidas. Os trabalhadores e setores populares precisam reagir frente estes ataques. Neste sentido é preciso que a CUT rompa com a sua paralisia e construa um plano de luta que se enfrente contra as privatizações e os ataques aos trabalhadores e os demais setores populares da sociedade e a partir dessa força desenvolver um questionamento ao conjunto do regime político, o que para nós passa por lutar para impor uma nova Constituinte.

 
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