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CRISE POLÍTICA
PT tem o mesmo número de candidatos do que 20 anos atrás
Guilherme de Almeida Soares
São Paulo

De acordo com dirigente do PT deputado Paulo Teixeira, a redução reflete a crise que o partido tem passado.

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Levantamento preliminar feito pela Direção Nacional do PT mostra que a legenda terá 1.135 candidatos a prefeito nas eleições de outubro. Este número representa uma redução de 35,5% em relação aos 1759 candidatos do PT que disputaram prefeituras nas eleições de 2012. É a menor quantidade de representantes do partido em um pleito municipal nos últimos 20 anos.

A queda ocorre em todas as regiões do Brasil, de acordo com os dados do PT – o País tem 5.750 municípios. O único Estado onde aumentou o número de candidaturas é o Piauí, governando por Wellington Dias (PT), com 70 nomes em disputa neste ano contra 49 nomes quatro anos atrás. O PT vai ter mais candidaturas neste ano em capitais. Serão 20 nomes contra 17 em 2012. Já nas cidades com mais de 150 mil eleitores, o número também caiu. O PT lançou 84 candidatos quatros anos atrás e agora vai encabeçar 70 chapas, uma redação de 11%.

De acordo com a cúpula petista, existem três motivos para o encolhimento: o sentimento contra o PT que foi amplificado pela Operação Lava Jato; a proibição de doações empresariais e por conta do processo de impeachment de Dilma Rousseff, que distanciou o PT de aliados tradicionais.

Como podemos explicar a crise do petismo

De um lado é fato que o PT está pagando os frutos por ter assimilado muito bem os métodos da direita. Este é o resultado que o partido obteve por ter feito inúmeros acordos espúrios com os empresários, banqueiros e tradicionais partidos da direita brasileira. É um absurdo que a direção do PT dependa destes acordos e também o fato dela explicar a crise do partido como consequência de não poder mais receber dinheiro das grandes empresas.

Estas alianças com a direita que o PT fez durante o tempo todo em que foi governo, apenas fez com que os setores mais reacionários do congresso se fortalecessem a ponto de sentirem necessidade de organizar o golpe institucional contra o mesmo PT que durante o tempo em que foi governo realizou ataques contra os trabalhadores e demais setores populares da sociedade. Antes dos golpistas, quem estava organizando os ajustes era o governo de Dilma, que chegou ao ponto de nomear como Ministro da Fazenda em 2015, ninguém menos do que Joaquim Levy. Um partido que possuí raízes nos movimentos sociais e de trabalhadores, o único resultado desta política é o seu enfraquecimento.

Além disso, o PT não deu nenhum combate sério contra o golpe institucional que ocorreu no país. A capitulação deste partido para a direita é tão grande, que foram capazes de recuar até no ‘’Volta Dilma’’. O PT sabe se tiver que organizar qualquer luta seria contra o golpe, terá que se chocar necessariamente contra os ataques aos trabalhadores e os demais setores populares da sociedade. Neste ponto o PT tem mais medo da luta de classes do que da direita, pois faz parte desta democracia dos ajustes e do suborno.

Do outro lado

É verdade que a Lava Jato e o golpe institucional estão contribuindo para o desgaste histórico que o PT vem sofrendo. Estas duas ações organizadas pelo imperialismo e setores da burguesia nacional tiveram como objetivo tirar a ala burguesa que era representada pelo o PT no governo, para substituir por um setor burguês que seja mais ajustador e que tenha mais alinhamento com os interesses imperialista.

O que fazer para combater a crise?

Está mais claro que o PT não tem interesse nenhum em combater os golpistas, pois preferem manter os seus acordos acima da vontade da classe trabalhadora e demais setores populares da sociedade. É preciso que a luta do ‘’Fora Temer’’ esteja vinculado a uma exigência a CUT e CTB que rompam com a sua passividade e comecem a organizar os trabalhadores para uma luta séria contra a direita. Os trabalhadores e demais setores populares da sociedade são os únicos que podem superar a crise do PT de forma progressiva, avançando para conformar um partido revolucionário que seja capaz de fazer com que os trabalhadores ataquem este sistema num só punho.

 
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