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RIO 2016
Trânsito no Rio dá amostras de caos após interdições
Rafael Reis
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Segundo uma pesquisa sobre o tráfego mundial realizado pela TomTom, empresa Holandesa especializada em sistemas de navegação por GPS, o Rio de Janeiro está entre as cinco cidades com o trânsito mais caótico do mundo. De acordo com a pesquisa, um motorista no Rio chega a perder até oito dias por ano preso no engarrafamento.

Todo carioca sabe como é dramático se deslocar no Rio de Janeiro, principalmente para quem mora nas regiões mais distantes e pobres da cidade. Tal situação é fruto de um desenvolvimento urbano voltado para carros e ônibus. Prova disso é a nossa malha ferroviária e as linhas do metro, ambas não atendem a toda a população e operam de forma precária, tornando o trajeto do trabalhador longo e penoso.

Os problemas são antigos e as promessas de melhoria também. Porém, na prática o que vemos são uma dezena de projetos superfaturados que estão sendo executados, em alguns casos, com 30 anos de atraso. Ou seja, boa parte deles já começam a operar saturados. Exemplo disto é o sistema BRT, que hoje opera no limite máximo da sua capacidade e não consegue dar vasão ao fluxo de pessoas que o utilizam em horários de pico.

Segundo a atual gestão, que hoje é responsável por gerir prefeitura e o governo do estado, o grande legado olímpico seria a transformação da cidade e a melhoria da mobilidade urbana. Porém, 7 anos depois de ser escolhido para sediar as olimpíadas, o Rio de Janeiro enfrentou ontem 01 de agosto, 120 km de engarrafamento. Com o começo das interdições e da penalização para quem trafegar nas vias preferenciais para a Olimpíada do Rio, a manhã da segunda-feira deu as primeiras mostras do que serão os próximos 15 dias na cidade. Com diversas vias destinadas somente a “família olímpica”, não restava outra alternativa aos motoristas senão enfrentar ainda mais horas de trânsito pesado para seguir para o trabalho.

Faltando apenas 2 dias para o início dos jogos, temos a certeza que o grande legado deixado serão obras inacabadas, vias expressas congestionadas e com tapumes ao redor na tentativa de esconder as comunidades dos turistas, estruturas que serão liberadas para os moradores da cidade apenas em 2017 e uma série de problemas, como superlotação e os longos tempos de viagem que não foram solucionados. O legado olímpico é, na verdade, o legado de um governo corrupto e de uma gestão que priorizou os interesses das grandes empreiteiras e das empresas de ônibus em detrimento do trabalhador.

 
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